terça-feira, 13 de março de 2012

Governo de SP e empresa divergem sobre troca do Sem Parar

Aparelho usado em 7 estados permite pagamento eletrônico de pedágios. Em SP, ele contará com novo sistema a partir do ano que vem.

Apesar de a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) confirmar nesta segunda-feira (12) que usuários terão até 2 anos para trocar o dispositivo Sem Parar por um com um novo sistema, a empresa STP, que gere a cobrança, diz que não será necessária a substituição do aparelho.
Segundo ela, as rodovias de todo o Brasil, inclusive as de São Paulo, continuarão com leitores de ambos os sistemas por tempo indeterminado.

O Sem Parar permite o pagamento eletrônico de pedágios e estacionamentos. Segundo a STP ele é usado por 3,5 milhões de veículos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Só em SP, são 2,5 milhões.

Em novembro passado, o governo paulista determinou, por meio da resolução nº 13/2011, que a cobrança eletrônica de pedágio nas rodovias estaduais passe a operar no sistema "ponto a ponto", que permite cobrança por trechos. Ele utiliza uma rádio frequência de 915 MHz, sem bateria, enquanto o atual funciona com a de 5,8 GHz e utiliza bateria.

Os usuários do sistema atual terão dois anos para substituição gratuita do equipamento, a partir de janeiro de 2013"
 
comunicado da Artesp
 
Em comunicado divulgado no site, a Artesp diz que "os usuários do sistema atual terão dois anos para substituição gratuita do equipamento, a partir de janeiro de 2013". Ao G1, a agência afirmou ainda que o sistema de 5,8 GHz "deixará de funcionar nas rodovias paulistas".

A resolução, no entanto, determina que "as administradoras de rodovias deverão adequar e/ou substituir todos os equipamentos e subsistemas destinados à coleta eletrônica de pedágios (...) no prazo de 3 anos", a contar da data de publicação, que é 8 de novembro de 2011.

O documento diz ainda que "a partir de janeiro de 2013, não mais será permitida a comercialização de equipamentos de identificação de veículos por rádio frequência na faixa de 5,8 GHz para usuários de rodovias do estado de São Paulo, sendo apenas possível a
manutenção dos leitores antigos".


Não haverá troca (...) O tag atual oferecido pelo Sem Parar vai continuar funcionando normalmente"
 
STP, empresa que rege o Sem Parar/Via Fácil
 
A STP respondeu que aparelhos (tags) novos contarão com o sistema de 915 MHz, mas quem tem o atual não será obrigado a substitui-lo. "A STP tranquiliza seus usuários e garante que não haverá qualquer descontinuidade no serviço Sem Parar/Via Fácil", diz o comunicado. "Não haverá troca. A partir de 2013 um novo modelo de tag será disponiblizado para as rodovias estaduais de São Paulo. O tag atual oferecido pelo Sem Parar vai continuar funcionando normalmente", informou, em nota. "O cliente continuará podendo utilizar todas as rodovias e estacionamentos disponíveis, com interoperabilidade nacional."

A empresa diz ainda que vai manter todos os planos de pagamento existentes.

Cobrança proporcional

O novo sistema começará a ser testado na Rodovia Santos Dumont, SP 75, no trecho entre Itu (km 15) e Campinas (km 77,6). "O Sistema Ponto a Ponto funcionará com a instalação de pórticos com antenas ao longo da via. Os pórticos fazem a leitura automática das tags 915 MHz instaladas nos veículos, os identifica e registra a cobrança de valor proporcional ao que efetivamente for percorrido. Cada pórtico é uma espécie de praça de pedágio virtual, sem barreiras e cabines de cobrança", explica a Artesp.


A agência diz que o usuário que sair de Indaiatuba com destino a Campinas pagará R$ 4 em vez dos R$ 10,10 cobrados atualmente. "Haverá uma redução de mais de 60% na tarifa. A cada pórtico ultrapassado será somado o valor correspondente ao trecho percorrido", afirma.

Segundo a agência, os tags que permitem a cobrança "ponto a ponto" ainda não são produzidos no Brasil. Por isso, estão sendo importadas cerca de 1 milhão de unidades para os testes no interior de SP.

 

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