A japonesa Olympus está processando seu presidente e outros 18 executivos, passados e atuais, por uma indenização de mais de 47 milhões de dólares, em sua luta para se recuperar de um dos maiores escândalos contábeis do país.
A fabricante de câmeras e equipamentos médicos disse na terça-feira que todos os membros do Conselho de Administração sujeitos ao processo iriam sair em março ou abril, mantendo por agora a incomum posição de continuar com o seu diretor-executivo mais antigo, Shuichi Takayamag, e cinco outros diretores que está processando por má administração.
Um analista afirmou que o Conselho atual terá dificuldade de tomar decisões estratégicas nos próximos meses, deixando a Olympus mais vulnerável a uma eventual oferta de compra.
"Essencialmente, todo mundo sente que eles estão no corredor da morte. Parece extremamente estranho que estejam no corredor da morte dentro da companhia", afirmou Nicholas Smith, diretor da empresa japonesa de estratégia de investimentos da CLSA em Tóquio.
"Não ter ninguém no leme faz parecer uma compra mais fácil".
As ações da Olympus subiram mais de 28 por cento, motivadas pela notícia, com os investidores apostando que os esforços de limpeza da companhia ajudariam a evitar a humilhante retirada da bolsa de valores de Tóquio, e ajudando a garantir que esteja no radar dos interessados.
Os investidores também aguardam com expectativa a eventual renovação do conselho e a Olympus resolver a questão da fraude contábil de 1,7 bilhão dólares que tem jogado um foco de luz sobre a reputação do Japão para a fraca governança corporativa.
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