PSA inicia produção em larga escala da 2ª geração de carros flex. Modelo escolhido, o 308, chega em março com o novo motor 1.6.
O inconveniente de ter de cuidar do 'tanquinho' de gasolina do carro flex vai acabar para o Peugeot 308, que chega ao Brasil em março de 2012. Fabricado na Argentina, ele será o primeiro carro de série bicombustível que dispensará esse recurso para a partida a frio. A tecnologia é aplicada a um novo motor fabricado no Brasil e foi anunciada nesta terça-feira (13), na fábrica da montadora em Porto Real (RJ).
A Volkswagen foi a primeira a usar o sistema Flex Start, com a edição limitada Polo E-Flex. Atualmente, apenas o Polo Bluemotion tem a tecnologia. Com o 308, ela será utilizada pela primeira vez em larga escala. O hatch médio será ainda o primeiro carro da Peugeot Citroën a receber a nova geração de motores 1.6 de 16 válvulas, que também promete a maior potência da categoria, com 122 cavalos a 6.000 rpm, sem comprometer o torque, de 16,4 kgfm a 4.000 rpm.
“É um motor inovador. É um downsizing nacional”, afirma o diretor de marketing da PSA América Latina, Fabrício Biondo, durante o lançamento. “A gente trouxe todas as tecnologias de motores maiores para os menores, sem o uso de turbo”, explica o executivo. O downsizing, que nada mais é do que utilizar tecnologias mais avançadas para tornar propulsores menores mais potentes, virou tendência mundial pela pressão das leis ambientais para redução de emissões.
Com os novos sistemas, um motor menor não perde o poder de equipar um carro maior. O lançamento da PSA, por exemplo, promete 80% do torque máximo a 1.500 rpm, sendo que 87% já é atingido a 2.000 rpm.
O bloco fabricado em Porto Real será exportado para toda a América Latina, inclusive em versão somente a gasolina.
Investimentos
O peso da novidade vai além da tecnologia. A nova geração de motores é uma prova ao mercado brasileiro de que as marcas Peugeot e Citroën querem brigar fortemente no mercado local. O desafio começou com o anúncio do investimento de R$ 3 bilhões até 2015. Parte deste montante foi aplicada no motor global, que será lançado antes mesmo da Europa e da China. Hoje, a América Latina representa 40% das vendas do grupo fora da Europa. A meta é chegar a 50% em 2015.
De acordo com Biondo, outros modelos no Brasil terão o novo motor, chamado de EC5, e as melhorias trazidas com ele poderão ser aplicadas em propulsores maiores, como os 2.0.
Como funciona o novo motor
A PSA e a Bosch trabalharam juntas no desenvolvimento do propulsor. Para fazer a partida a frio sem gasolina, o sistema utiliza câmaras individuais com lanças de aquecimento que aumentam a temperatura do etanol - que pode estar a até -5°C - em 10 segundos. Só depois o combustível é injetado no motor, quando é feita a partida. Para tornar o sistema seguro, duas unidades de controle monitoradas por softwares são utilizadas.
De acordo com o vice-presidente da divisão Gasoline System da Bosch, Gerson Fini, esta nova tecnologia deve tornar-se mais popular a partir de 2015. “Em 2013 acreditamos que a substituição do motor flex normal para o novo será de 7%, mas aumentará para 30% em 2014 e, para 50%, em 2015. Isso por conta de novas leis de emissões e pela exigência dos crash tests”, destaca Fini.
O novo sistema de partida a frio ajuda na redução de 7% do consumo de combustível. No entanto, outras tecnologias foram colocadas no motor 1.6 que também colaboram com a redução do consumo e, consequentemente, dos níveis de emissões. Uma delas é a chamada VVT (Variable Valve Tining), comando de válvulas variáveis. Outras são a bomba de óleo de fluxo variável, que faz a correção da pressão de óleo adequada às rotações do motor, e o “low friction” ou diminuição do atrito.
De acordo com o chefe do projeto do EC5, Hernán Tolosa, além da redução do consumo de combustível e da melhor relação potência e torque o conforto acústico e vibratório foi aperfeiçoado com a adoção dos novos sistemas.
400 mil motores por ano
Até 2015, quando acaba este ciclo de investimento, a PSA pretende produzir 400 mil unidades de motores em Porto Real, já incluindo a fabricação do EC5. Atualmente, saem das linhas de montagem da fábrica 280 mil motores anualmente e 250 mil carros. E Fabrício Biondo adianta: a meta será o downsizing dos motores. Neste ano, a fábrica comemora 10 anos de existência.
A Volkswagen foi a primeira a usar o sistema Flex Start, com a edição limitada Polo E-Flex. Atualmente, apenas o Polo Bluemotion tem a tecnologia. Com o 308, ela será utilizada pela primeira vez em larga escala. O hatch médio será ainda o primeiro carro da Peugeot Citroën a receber a nova geração de motores 1.6 de 16 válvulas, que também promete a maior potência da categoria, com 122 cavalos a 6.000 rpm, sem comprometer o torque, de 16,4 kgfm a 4.000 rpm.
Peugeot apresentou novo motor flex que usará no 308 (Foto: Divulgação)
“É um motor inovador. É um downsizing nacional”, afirma o diretor de marketing da PSA América Latina, Fabrício Biondo, durante o lançamento. “A gente trouxe todas as tecnologias de motores maiores para os menores, sem o uso de turbo”, explica o executivo. O downsizing, que nada mais é do que utilizar tecnologias mais avançadas para tornar propulsores menores mais potentes, virou tendência mundial pela pressão das leis ambientais para redução de emissões.
O bloco fabricado em Porto Real será exportado para toda a América Latina, inclusive em versão somente a gasolina.
Investimentos
O peso da novidade vai além da tecnologia. A nova geração de motores é uma prova ao mercado brasileiro de que as marcas Peugeot e Citroën querem brigar fortemente no mercado local. O desafio começou com o anúncio do investimento de R$ 3 bilhões até 2015. Parte deste montante foi aplicada no motor global, que será lançado antes mesmo da Europa e da China. Hoje, a América Latina representa 40% das vendas do grupo fora da Europa. A meta é chegar a 50% em 2015.
De acordo com Biondo, outros modelos no Brasil terão o novo motor, chamado de EC5, e as melhorias trazidas com ele poderão ser aplicadas em propulsores maiores, como os 2.0.
Peugeot 308 chega em março ao Brasil (Foto: Divulgação)
Como funciona o novo motor
A PSA e a Bosch trabalharam juntas no desenvolvimento do propulsor. Para fazer a partida a frio sem gasolina, o sistema utiliza câmaras individuais com lanças de aquecimento que aumentam a temperatura do etanol - que pode estar a até -5°C - em 10 segundos. Só depois o combustível é injetado no motor, quando é feita a partida. Para tornar o sistema seguro, duas unidades de controle monitoradas por softwares são utilizadas.
De acordo com o vice-presidente da divisão Gasoline System da Bosch, Gerson Fini, esta nova tecnologia deve tornar-se mais popular a partir de 2015. “Em 2013 acreditamos que a substituição do motor flex normal para o novo será de 7%, mas aumentará para 30% em 2014 e, para 50%, em 2015. Isso por conta de novas leis de emissões e pela exigência dos crash tests”, destaca Fini.
O novo sistema de partida a frio ajuda na redução de 7% do consumo de combustível. No entanto, outras tecnologias foram colocadas no motor 1.6 que também colaboram com a redução do consumo e, consequentemente, dos níveis de emissões. Uma delas é a chamada VVT (Variable Valve Tining), comando de válvulas variáveis. Outras são a bomba de óleo de fluxo variável, que faz a correção da pressão de óleo adequada às rotações do motor, e o “low friction” ou diminuição do atrito.
De acordo com o chefe do projeto do EC5, Hernán Tolosa, além da redução do consumo de combustível e da melhor relação potência e torque o conforto acústico e vibratório foi aperfeiçoado com a adoção dos novos sistemas.
400 mil motores por ano
Até 2015, quando acaba este ciclo de investimento, a PSA pretende produzir 400 mil unidades de motores em Porto Real, já incluindo a fabricação do EC5. Atualmente, saem das linhas de montagem da fábrica 280 mil motores anualmente e 250 mil carros. E Fabrício Biondo adianta: a meta será o downsizing dos motores. Neste ano, a fábrica comemora 10 anos de existência.
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