Negócio incluiria banco e empresa chineses. Conflito de interesse fez GM negar proposta.
A General Motors rejeitou nesta terça-feira (6) a proposta de reestruturação da Saab que envolve um banco chinês e a empresa do setor Youngman Zhejiang Lotus Automobile Co. De acordo com a GM, o negócio foi negado porque fere a posição competitiva da própria General Motors na China e em outros mercados-chave. Isso porque a Saab ainda carrega tecnologia e contratos de produção da empresa norte-americana.
A GM, que opera na China em uma parceria com a estatal Saic Motor Corp Ltd, disse no início de novembro que continuaria a fornecer peças e tecnologia para os novos donos da Saab. Por isso, aceitar uma porposta assim contraria o interesse dos seus próprios acionistas.
A Saab luta pela sobrevivência desde que a Swedish Automobile assumiu a marca deficitária da GM em 2010, quando ainda chamava Spyker Cars. A produção da empresa foi parada durante a maior parte deste e a montadora entrou em proteção contra falência em setembro.
Para a empresa sueca, fechar a parceria significaria pagar os salários dos funcionários de novembro e, assim, a equipe da Saab continuaria a reorganizar a empresa. No início deste ano, Youngman e a empresa chinesa de distribuição de automóveis Pang Da Automobile Trade Co. disseram que comprariam a marca por 100 milhões de euros (US$ 135 milhões), mas o negócio foi impedido pela GM.
Diante da negativa, o CEO da Swedish Automobile, Victor Muller, disse ainda ter um “plano B” e que é muito cedo para divulgar detalhes.
A Saab está sob proteção judicial contra credores na Suécia desde setembro, depois de os sindicatos que representam os trabalhadores iniciarem procedimentos para colocar a empresa em falência, pela falta de pagamento de salários.
A Swedish Automobile e os seus credores têm aproximadamente de 5 a 6 dias para apresentarem as suas observações ao tribunal distrital na Suécia antes de o tribunal decidir se a empresa entrará em falência.
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