segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mercado de luxo agora prioriza o público masculino

Os homens estão comprando itens de luxo exatamente como as mulheres. Estão até se apaixonando por sapatos. 


É o que sugere estudo da Bain & Company, que usa a expressão "feminilização da sociedade" para descrever o atual padrão de consumo. 

Segundo a consultoria, os homens se tornaram responsáveis por 40% das vendas de artigos de luxo pessoal. 

Em mercados ascendentes, como Oriente Médio, são um dos principais motores do crescimento. No mercado global, as vendas de vestuário de luxo masculino "prêt-à-porter" (pronto para vestir) neste ano deve crescer a uma taxa superior às vendas de itens femininos (9% e 7%, respectivamente) 

"Todas as marcas de luxo estão agora se concentrando em desenvolver suas linhas masculinas. Os homens têm se tornado mais e mais 'fashion' e ido às compras assim como as mulheres", diz a italiana Claudia D'Arpizio, parceira da consultoria. 

O estudo indica que os gastos masculinos com sapatos e outros artigos de couro aumentam e que marcas têm investido em lojas só para homens em cidades consideradas estratégicas.
CHINA
 
O consumo de luxo na China é uma das principais apostas do segmento. No ano passado, o país asiático, sozinho, registrou quase tantas novas aberturas no segmento quanto Europa e EUA somados. 

Da China também vem um dos motores para que o mercado de luxo continue crescendo. A estimativa da Bain & Company é que em cidades como Paris e Milão as vendas para turistas chineses respondam por até 50%. 

"As capitais do luxo na Europa são os principais destinos de turistas da Rússia, do Oriente Médio, da Índia e da China", afirma D'Arpizio. Ela diz que o impacto do turista brasileiro é menor. 

"Quando viajam, os turistas são atraídos por impostos mais baixos, pela seleção de mercadorias e pela experiência de visitar uma cidade conhecida por sua moda." 

Segundo a consultoria, o mercado global de luxo deve avançar 10% neste ano. A Europa, porém, deve perder participação -de 37% no ano passado para 36% neste ano. A fatia de Ásia-Pacífico tende a crescer de 17% para 19%. 

O Brasil, segundo a consultoria, embora seja ainda um mercado pequeno para o luxo, registra crescimento rápido. Enquanto o mercado global gira em torno de € 191 bilhões, o brasileiro responde por € 2,3 bilhões, com 

crescimento projetado de 20% em 2011. No período anterior, o avanço anual havia sido de 25%.

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