RadixTV não tem planos, pelo menos por enquanto, de concorrer com o cabo
TV ao vivo, distribuída pela internet. A ideia pode ser perturbadora para as empresas de TV por assinatura que gastaram bilhões para enterrar os cabos e lançar satélites. Mas, não é apenas uma ideia, e sim quase uma realidade com o lançamento do serviço de uma startup de Nova York, a RadixTV. Nesta quarta-feira, 19, a empresa lançou um pacote de quatro redes de notícias de TV a cabo - CNBC, CNBC World, Bloomberg e MSNBC -, com transmissão ao vivo na internet para usuários empresariais. A RadixTV deve expandir o serviço, que custa US$ 14,99/mês, e incluir outras redes como France 24, Fox News, CNN, Al Jazeera e BBC.
“Iremos para onde o consumidor quiser. Não diremos para eles se adaptarem a nós”, afirma o CEO da RadixTV, Bhupender Kaul. No entanto, há um pequeno obstáculo: o usuário tem que trabalhar numa instituição financeira ou, ao menos, ser corretor, contador ou similar para ter acesso ao serviço. “Nas instituições financeiras, os corretores estão sentados às suas mesas e é onde recebem as informações e tomam as decisões”, avalia o executivo.
Esse segmento de negócios pode representar uma base interessante para a RadixTV e para a TV entregue via internet, de forma geral. Ainda que a oferta da RadixTV seja intencionalmente limitada para não competir com pacotes para o consumidor da TV a cabo, não é difícil imaginar para onde apontam as tendências. É um mundo onde a programação de TV a cabo ignora o set-top box e seus sistemas proprietários e mostra a programação diretamente na internet. “Com a segurança em torno da computação em nuvem, o set-top box não é mais necessário e, a partir do ano que vem, haverá mais e mais serviços que competirão com o cabo e o satélite”, afirma o ex-responsável pela distribuição de conteúdo digital na Walt Disney Company e agora consultor de mídia, Bernard Gérson.
Canabalização
Até agora, a abordagem da indústria consistia em fornecer acesso aos canais sem canabalizar seu próprio negócio. São as ofertas conhecidas como as várias versões de TV Everywhere ou serviços de assinatura como o HBO Go, da Time Warner ou o Xfinity, da Comcast, pelos quais é dado acesso aos assinantes do cabo e satélite à programação on demand para computador, smartphones ou videogames como Xbox.
Ao menos por ora, enquanto a RadixTV não se destina a substituir a TV a cabo, esse serviço é projetado para atrair profissionais da área financeira que querem assistir notícias via streaming durante mas não precisam ou não querem pagar pela ESPN ou MTV. A NBC Universal, que licencia três redes para a empresa, vê a RadixTV como uma extensão de suas atuais vendas diretas para o setor financeiro. “O cliente não está à procura de 50 ou 100 canais. Não quer programação de entretenimento ou esportes. Isso tira o foco do trabalho”, afirma Kaul, da RadixTV. O executivo trabalhou por quase 20 anos pela Time Warner Cable e pela antecessora Warner Communications. Em 2008, deixou a empresa para fundar a RadixTV.
No futuro, para Kaul, o cabo não será desagregado ou oferece à la carte, e sim baseado em grupos de canais de gêneros escolhidos pelo consumidor que poderá, por exemplo, optar e pagar apenas por notícias ou esportes ou até mesmo fazer uma mistura de programação. Esses pacotes de redes ‘re-empacotados’ poderiam, inclusive, ter suas fontes de receita - de assinaturas e de anúncios interativos. E as redes poderiam oferecer pacotes pela internet. “Nós pensamos que esse é o futuro e por isso começamos com a notícia. O maior mercado atualmente é para o mercado empresarial. Dentro de quatro anos, isso será um mundo totalmente diferente”, prevê o CEO da RadixTV.
Por Michael Learmonth, do Advertising Age.
“Iremos para onde o consumidor quiser. Não diremos para eles se adaptarem a nós”, afirma o CEO da RadixTV, Bhupender Kaul. No entanto, há um pequeno obstáculo: o usuário tem que trabalhar numa instituição financeira ou, ao menos, ser corretor, contador ou similar para ter acesso ao serviço. “Nas instituições financeiras, os corretores estão sentados às suas mesas e é onde recebem as informações e tomam as decisões”, avalia o executivo.
Esse segmento de negócios pode representar uma base interessante para a RadixTV e para a TV entregue via internet, de forma geral. Ainda que a oferta da RadixTV seja intencionalmente limitada para não competir com pacotes para o consumidor da TV a cabo, não é difícil imaginar para onde apontam as tendências. É um mundo onde a programação de TV a cabo ignora o set-top box e seus sistemas proprietários e mostra a programação diretamente na internet. “Com a segurança em torno da computação em nuvem, o set-top box não é mais necessário e, a partir do ano que vem, haverá mais e mais serviços que competirão com o cabo e o satélite”, afirma o ex-responsável pela distribuição de conteúdo digital na Walt Disney Company e agora consultor de mídia, Bernard Gérson.
Canabalização
Até agora, a abordagem da indústria consistia em fornecer acesso aos canais sem canabalizar seu próprio negócio. São as ofertas conhecidas como as várias versões de TV Everywhere ou serviços de assinatura como o HBO Go, da Time Warner ou o Xfinity, da Comcast, pelos quais é dado acesso aos assinantes do cabo e satélite à programação on demand para computador, smartphones ou videogames como Xbox.
Ao menos por ora, enquanto a RadixTV não se destina a substituir a TV a cabo, esse serviço é projetado para atrair profissionais da área financeira que querem assistir notícias via streaming durante mas não precisam ou não querem pagar pela ESPN ou MTV. A NBC Universal, que licencia três redes para a empresa, vê a RadixTV como uma extensão de suas atuais vendas diretas para o setor financeiro. “O cliente não está à procura de 50 ou 100 canais. Não quer programação de entretenimento ou esportes. Isso tira o foco do trabalho”, afirma Kaul, da RadixTV. O executivo trabalhou por quase 20 anos pela Time Warner Cable e pela antecessora Warner Communications. Em 2008, deixou a empresa para fundar a RadixTV.
No futuro, para Kaul, o cabo não será desagregado ou oferece à la carte, e sim baseado em grupos de canais de gêneros escolhidos pelo consumidor que poderá, por exemplo, optar e pagar apenas por notícias ou esportes ou até mesmo fazer uma mistura de programação. Esses pacotes de redes ‘re-empacotados’ poderiam, inclusive, ter suas fontes de receita - de assinaturas e de anúncios interativos. E as redes poderiam oferecer pacotes pela internet. “Nós pensamos que esse é o futuro e por isso começamos com a notícia. O maior mercado atualmente é para o mercado empresarial. Dentro de quatro anos, isso será um mundo totalmente diferente”, prevê o CEO da RadixTV.
Por Michael Learmonth, do Advertising Age.
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