quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Não passa desta semana", diz Duailibi

Contrato entre DPZ e Publicis Groupe depende apenas de assinatura e rede Saatchi&Saatchi é favorita para abrigar agência

A negociação da compra da DPZ pelo Publicis Groupe esquentou de vez e um acordo está prestes a ser anunciado. "Há negociações e, se houver alguma decisão, não passa desta semana", afirma ao Meio&Mensagem Roberto Duailibi, um dos sócios da agência. "Eu só acredito que um prospect se tornou cliente quando a primeira campanha for veiculada e a primeira fatura for paga. É a mesma coisa neste caso. Existem muitos detalhes que ainda devem ser esclarecidos", acrescenta.

A reportagem apurou que a DPZ ficará abrigada em uma das redes do Publicis Groupe e a Saatchi&Saatchi é o nome ventilado nos bastidores da negociação. Fazem parte da rede atualmente a F/Nazca S&S e a agência especializada em shopper marketing Saatchi X.

O contrato já está fechado desde antes do Festival de Cannes, mas ainda falta a assinatura das partes. Quem comandou as negociações pelo lado do Publicis foi Stéphane Estryn, diretor global para fusões e aquisições. Os valores da negociação são mantidos em sigilo e variam de US$ 60 milhões a R$ 480 milhões. Vale lembrar que a compra da Talent, fechada há cerca de um ano, custou US$ 110 milhões ao Publicis Groupe.

O Publicis Groupe negocia há alguns meses a compra da DPZ, conforme anunciou em primeira mão a coluna Em Pauta da edição 1445 de Meio&Mensagem, com data de capa de 7 de fevereiro.

A rede Publicis Worldwide foi descartada, até por já ter sido contemplada com a entrada da Talent na rede. A Leo Burnett, por sua vez, fechou acordo recentemente com a Tailor Made, que elevou Paulo Giovanni a CEO. Com isso, a Saatchi&Saatchi se tornou a favorita para ter a DPZ dentro do grupo.

Os principais clientes da DPZ são, atualmente, divididos com outras agências. Itaú, a maior verba, também é atendido por Africa e DM9DDB. Sadia tem parte da conta na Y&R. Vivo e Coca-Cola também são divididas. A DPZ fechou o ano de 2010 como 24ª maior agência brasileira, com compra de mídia na casa de R$ 259 milhões. Ela é tida como a última grande agência brasileira independente e o primeiro nome quando se pensa em uma possível negociação de um grupo internacional.

* Colaborou Felipe Turlão

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