A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou nesta quinta-feira que o índice global de preços de alimentos subiu para 234 pontos em junho, ante 231 em maio, puxado pela alta dos preços de açúcar, que cresceu 14%, para 359 pontos.
O índice mede as variações mensais de preço de uma cesta de cereais, oleaginosas, lácteos, carnes e açúcar e ficou 39% maior que em junho de 2010, segundo comunicado da FAO. Esperava-se que a queda nos preços do trigo, milho e soja puxasse o índice e neutralizasse a inflação dos preços de alimentos, um dos fatores que incitou os conflitos em países árabes mais cedo este ano. Em fevereiro, o indicador atingiu o recorde de 238 pontos inflamado pelos preços de grãos e oferta apertada, elevando temores de uma repetição da crise global de alimentos vista em 2007/08, quando os preços dispararam e provocaram protestos em alguns países em desenvolvimento. "A firmeza do preço reflete a dinâmica da demanda no curto prazo (para açúcar) contra uma apertada disponibilidade exportável, especialmente no Brasil, o maior produtor mundial de açúcar, onde a produção está prevista abaixo do nível do ano passado", disse a agência. O índice para os cereais, que inclui os preços dos principais produtos como trigo, arroz e milho, caiu 1% ante maio, para uma média de 259 pontos em junho, apontou a organização. A FAO elevou sua projeção global para a produção de cereais em 2011/12, para cerca de 2,313 bilhões t, aumento de 11 milhões t ante previsão divulgada em 22 de junho e 3,3% maior que do ano passado, seguindo duas revisões consecutivas nas safras dos Estados Unidos e na perspectiva de plantio para 2011.
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