O Carrefour afirmou ontem que vai manter o controle de sua unidade brasileira, "crucial" para o desempenho do grupo, informou ontem, na reunião anual de acionistas, o presidente-executivo do grupo, Lars Olofsson.
Ele também afirmou o "compromisso" da rede varejista com os mercados emergentes e reiterou a estratégia do grupo de ser líder em países como Brasil, China e Indonésia, onde possui centenas de supermercados.
O Carrefour foi sondado recentemente pelo Pão de Açúcar, maior varejista brasileiro, para uma possível fusão no Brasil, segundo fontes próximas às negociações --ainda embrionárias e vazadas no fim do mês passado. Olofsson disse não comentar "rumores de mercado".
Esses "rumores" fizeram o grupo francês Casino levar o empresário Abilio Diniz, com quem divide o controle do Pão de Açúcar, a uma câmara internacional de arbitragem de conflitos societários.
O Casino alega que Diniz desrespeitou o acordo de acionistas fechado em 2006, que obriga consulta ao grupo francês em decisões estratégicas, como aquisições.
DIA NA BOLSA
Na reunião, os acionistas do Carrefour aprovaram a cisão do Dia, bandeira popular do grupo cujas ações serão listadas na Bolsa de Madri.
A cadeia, que tem forte presença em mercados emergentes --como Brasil, Argentina, Turquia e China--, é avaliada por analistas entre 3 bilhões de euros (R$ 6,9 bilhões) e 4 bilhões de euros (R$ 9,2 bilhões).
A marca pretende aumentar seu número de lojas de cerca de 6.300 para 8.000 até 2013, quando a fatia do faturamento referente aos emergentes deve crescer para 30%, ante 22% em 2010.
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