terça-feira, 17 de maio de 2011

Pesquisa tenta desvendar os mistérios do leitor virtual


Se depender dos resultados de uma pesquisa do Projeto pela Excelência do Jornalismo (PEJ), dos Estados Unidos, a produção de notícias tende a se tornar uma tarefa cada vez mais complexa, diversificada e imprevisível. É que os dados apontaram a existência múltiplos tipos de leitores, cada um com suas características e necessidades informativas.


Depois de pesquisar o comportamento dos leitores de 25 sites noticiosos na internet norte-americana durante nove meses, o trabalho patrocinado pelo Centro de Pesquisas Pew chegou a constatação de que existem vários tipos de leitores, o que leva à conclusão de que é inviável criar um padrão único de produção noticiosa.

Na teoria, isso não chega a causar espanto porque todo o profissional que tem um mínimo de faro noticioso sabe que a diversidade social é um fato. O problema é que as conclusões da pesquisa nos levam a refletir sobre o modelo de produção de notícias adotado pelos jornais e pela indústria jornalística.

Até agora era muito difícil pensar na diversificação da produção informativa porque havia a necessidade de um forte investimento para comprar rotativas ou equipamentos eletrônicos para rádio ou TV. Para que o investimento valesse a pena, era imprescindível a produção em massa de conteúdos com características unificadas para atingir o maior número possível de consumidores, com preços acessíveis.

Mas quando surgiram a computação digital e a internet, a situação mudou. A necessidade de capital para publicar notícias ficou reduzida ao preço de um computador e do acesso à web. Com isso a queda no custo de produção de informações caiu brutalmente, gerando um crescimento vertiginoso no número de usuários e com ele uma enorme demanda por diversificação noticiosa.

Por Carlos Castilho - a íntegra está disponível no Observatório da Imprensa

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