quarta-feira, 4 de maio de 2011

David contra Golias na guerrilha comercial da privacidade online


O confronto envolvendo a mega corporação Sony Corp. e o jovem norte-americano George Hotz tem todas as características de um enfrentamento estilo David contra Golias, na bilionária arena da indústria do entretenimento digital.


Mas não é só o seu lado curioso que chama a atenção no caso. A queda de braço já está sendo considerada uma espécie de paradigma num novo tipo de guerrilha entre consumidores irritados e grandes marcas bem como na guerra, quase aberta, entre megafabricantes.

Hotz, que também se assina GeoHot, apesar de seu ar adolescente é um velho conhecido de empresas como a Apple, Sony, AT&T e Microsoft por seu estilo “robin hoodiano” de defender causas de pequenos usuários contra grandes empresas. E sua principal arma é a tecnologia, pois ele viola códigos para permitir o ingresso gratuito em programas pagos, conforme explica em seu blog.

Seu primeiro grande feito foi quebrar o código que tornava o iPhone, da Apple, exclusivo da operadora telefônica AT&T. Hotz justificou seu ato dizendo que tinha o direito de usar outras operadoras no seu iPhone, então o sonho de consumo de todos os usuários de gadgets eletrônicos. A quebra do código de exclusividade acabou sendo usada por usuários do iPhone em todo o mundo, e hoje a Apple já não tem mais uma operadora exclusiva para seu telefone inteligente.

A briga com a Sony começou em janeiro de 2010 quando ele anunciou que havia conseguido violar o código de acesso à PlayStation Network, uma rede virtual para os usuários do console de jogos online PlayStation, recém-lançado na época. Hotz justificou a invasão da rede alegando que desejava mostrar falhas de segurança no sistema, falhas estas que acabaram sendo corrigidas pela empresa fabricante do PlayStation.

Mas a Sony decidiu ir além da correção e abriu uma guerra contra GeoHot e toda a comunidade de nerds (usuarios pesados da internet). O conflito se desenrolou ao longo de quase 12 meses, com a força legal de um lado e a esperteza de outro, pois Hotz gravou em vídeo quase todas as suas pesquisas para violar códigos comerciais de grandes empresas.

Por Carlos Castilho - a íntegra está disponível no Observatório da Imprensa

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