A participação de automóveis e comerciais leves flex nas vendas recuou em abril para 83,2% do total, ante 84,6% no mês anterior e 85,1% em fevereiro, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela Fenabrave (federação das concessionárias).
No acumulado do primeiro quadrimestre, o segmento respondeu por uma fatia de 84,2%, patamar inferior ao registrado no mesmo período em 2010 (86,7%).
Para o presidente da entidade, Sergio Reze, essa redução não se deve à escalada do preço do álcool, mas provavelmente ao aumento na quantidade de carros importados no mercado brasileiro.
Na opinião do executivo, a elevação no valor do combustível se deve "à omissão do governo e à ganância da indústria sucroalcooleira". "Isso é fonte de inflação e o governo tem que atuar", completa. "Tem que haver estoque regulador. Ninguém percebeu que o mercado estava crescendo?"
Reze afirmou ainda que o aumento da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,5% para 3,0% na concessão de crédito para pessoas físicas com prazo igual ou superior a um ano é "uma nova CPMF" para o governo, que conseguiu "reforçar seu caixa" além de "reduzir o ímpeto de crescimento do setor".
Juntas, acrescenta Reze, essa medida e as restrições ao crédito tomadas pelo Banco Central no final do ano passado começam a surtir efeito na contenção da demanda.
Em abril, as vendas de veículos apresentaram redução de 5,5% ante março, mas o resultado foi influenciado também pela menor quantidade de dias úteis no mês passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário