Você está cansado de escutar que os chineses têm tecnologia, que vão dominar o mundo, que o carro chinês vai melhorar de qualidade e invadir o Ocidente; que em breve serão competitivos, pois isso já aconteceu com os japoneses e com os coreanos, contra os quais - cada qual a seu tempo - também havia preconceito. Essa história é antiga: vem da década de 1970, quando o brasileiro que comprava Fusca, Brasília, Corcel e Chevette, torceu o nariz quando apareceu um tal 147, italiano, imagine!! E deu no que deu.
Tudo bem, ninguém duvida que os chineses vão chegar lá. Mas não sou eu quem vai arriscar meu suado dinheirinho agora! Quando o carro chinês for competitivo eu compro um; por enquanto, fico com a garantia das marcas ocidentais.
Racional e conservador, esse é o raciocínio de grande parte dos consumidores, que teme ver seu investimento minguado na hora da revenda, com a suposta depreciação maior do carro chinês. Embora a alta depreciação do chinês seja apenas uma suposição - já que o produto é novo e não há ainda um volume no mercado para uma avaliação sustentável - do ponto de vista financeiro comprar um carro chinês hoje é um risco. Um risco calculado, mas um risco que você não teria se optasse por um modelo tradicional. Calculado porque o que se vê no incipiente mercado de carros usados chineses não é exatamente uma depreciação exagerada.
Embora o mercado de usados seja ainda incipiente, fizemos um levantamento de preços dos chineses usados que começam a ser ofertados. E o resultado é claro: a maioria dos chineses tem uma depreciação maior do que os seus concorrentes.
Uma Towner para passageiros perde 16,8% do valor após um ano de uso. Já as versões picape e baú têm uma depreciação bem menor: 15,5% e 14,2%.
São depreciações altas comparadas, por exemplo, com o Fiorino, que perde apenas -11,9%, mas não muito distantes das depreciações do Doblò Cargo (-14%) ou do Hyundai HR (-14,8%).
Um Furgão Effa 1.0 perde 18% e uma picape Chana cabine dupla fica 21% mais barata um ano depois de deixarem a concessionária. O Tiggo 2.0, da Chery, tem uma depreciação de 19,9%, bem acima, por exemplo, do Escosport (perde de 12% a 14,5%) e do Mitsubishi TR4: -16,3%.
A Jinbei é a marca com o maior valor de revenda entre as chinesas presentes no Brasil. O furgão para passageiros com motor 2.2 perde apenas 13,9% e a versão para carga apenas 13,5% em um ano. Um valor de revenda no nível dos modelos fabricados no Brasil.
Ao comprar um carro chinês, você vai pagar o preço do pioneirismo. Que, afinal, também tem suas vantagens: em muitos casos, os chineses são mais completos do que os feitos no Brasil na categoria. Muitos já vêm de série com airbag, ABS, uma coisa impensável num carro brasileiro de entrada. Então, você pode ter um carro equipado com o mesmo preço de um popular, que não tem nem vidro elétrico. Outra coisa: o chinês confere uma dose de exclusividade, dando ao seu dono uma aura de ousadia.
Comprar um carro chinês, portanto exige uma certa coragem; será uma decisão tomada com emoção. O risco existe, mas tem muita gente que prefere optar pelo carro que gosta do que andar dois anos com um carro tradicional só pra deixar de perder "quinhentos contos" na hora a revenda.
Tudo bem, ninguém duvida que os chineses vão chegar lá. Mas não sou eu quem vai arriscar meu suado dinheirinho agora! Quando o carro chinês for competitivo eu compro um; por enquanto, fico com a garantia das marcas ocidentais.
Racional e conservador, esse é o raciocínio de grande parte dos consumidores, que teme ver seu investimento minguado na hora da revenda, com a suposta depreciação maior do carro chinês. Embora a alta depreciação do chinês seja apenas uma suposição - já que o produto é novo e não há ainda um volume no mercado para uma avaliação sustentável - do ponto de vista financeiro comprar um carro chinês hoje é um risco. Um risco calculado, mas um risco que você não teria se optasse por um modelo tradicional. Calculado porque o que se vê no incipiente mercado de carros usados chineses não é exatamente uma depreciação exagerada.
Embora o mercado de usados seja ainda incipiente, fizemos um levantamento de preços dos chineses usados que começam a ser ofertados. E o resultado é claro: a maioria dos chineses tem uma depreciação maior do que os seus concorrentes.
Uma Towner para passageiros perde 16,8% do valor após um ano de uso. Já as versões picape e baú têm uma depreciação bem menor: 15,5% e 14,2%.
São depreciações altas comparadas, por exemplo, com o Fiorino, que perde apenas -11,9%, mas não muito distantes das depreciações do Doblò Cargo (-14%) ou do Hyundai HR (-14,8%).
Um Furgão Effa 1.0 perde 18% e uma picape Chana cabine dupla fica 21% mais barata um ano depois de deixarem a concessionária. O Tiggo 2.0, da Chery, tem uma depreciação de 19,9%, bem acima, por exemplo, do Escosport (perde de 12% a 14,5%) e do Mitsubishi TR4: -16,3%.
A Jinbei é a marca com o maior valor de revenda entre as chinesas presentes no Brasil. O furgão para passageiros com motor 2.2 perde apenas 13,9% e a versão para carga apenas 13,5% em um ano. Um valor de revenda no nível dos modelos fabricados no Brasil.
Ao comprar um carro chinês, você vai pagar o preço do pioneirismo. Que, afinal, também tem suas vantagens: em muitos casos, os chineses são mais completos do que os feitos no Brasil na categoria. Muitos já vêm de série com airbag, ABS, uma coisa impensável num carro brasileiro de entrada. Então, você pode ter um carro equipado com o mesmo preço de um popular, que não tem nem vidro elétrico. Outra coisa: o chinês confere uma dose de exclusividade, dando ao seu dono uma aura de ousadia.
Comprar um carro chinês, portanto exige uma certa coragem; será uma decisão tomada com emoção. O risco existe, mas tem muita gente que prefere optar pelo carro que gosta do que andar dois anos com um carro tradicional só pra deixar de perder "quinhentos contos" na hora a revenda.
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