Nem é preciso dizer que o Chevrolet Camaro e o Dodge Challenger param o trânsito desde o fim dos anos 60. Hoje, mais do que nunca.
São carros que causam empatia imediata. Flanelinhas, executivos e donas de casa puxam assunto como se fossem seus amigos desde o Festival de Woodstock.
Para piorar o furor, o Camaro amarelo com listras pretas protagonizou a releitura da série "Transformers" nos últimos anos. Ou seja, até as crianças ficam paralisadas com a cara de poucos amigos dos "muscle cars".
Mas elas não sabem que, por baixo dessa roupa retrô, o Camaro SS e o Challenger SRT8 são bem diferentes.
A princípio, pode-se pensar que são carros grandes, potentes, beberrões e mal levam duas pessoas com bagagem para o fim de semana.
MAIS DO MESMO
Para a Dodge, isso continua quase dogmático. A marca da Chrysler quis manter o mesmo apelo para aqueles que sonhavam com o Charger R/T verde-abacate e sua bendita gasolina azul.
Estão lá os faróis redondos cortados no topo, a grade retangular, as faixas no capô preto e o ressalto do "scoop" (entrada de ar). Apesar de, no carro testado, ser apenas enfeite --não há compressor.
Agora olhe bem para o Camaro. Do original, de 1967, sobrou só o nome e olhe lá.
A GM soube dar um ar modernoso para uma linha de cintura alta e imutável. Criaram até um carro-conceito, em 2008. Dele, trocaram apenas os retrovisores externos.
Por dentro, o SS saiu de um esboço futurista dos anos 70. Perguntaram: "Imagine como será o Camaro daqui a 40 anos?". Não há luxo. Só o básico --os quatro relógios no console (de água e óleo) são interpretações do velho.
Já o Challenger parece que uniu o painel da Journey, o volante do 300C, a manopla em "T" da Mopar e pronto.
Na pista, os "muscle cars" e seus enormes motores V8 são ainda mais dicotômicos.
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