quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Resultados de empresas brasileiras devem surpreender


Com o início da temporada de balanços corporativos nas próximas semanas, a equipe do JPMorgan divulgou suas projeções de crescimento das empresas, elencando as principais apostas.

Na lista das companhias que deverão apresentar maior crescimento figuram Telemar, Brasil Foods, Rodobens, PDG Realty, Vale, Odontoprev, Lupatech e SLC Agrícola.


"As expectativas de ganhos aumentaram nos últimos meses, com o aumento do crescimento global e do preço de commodities", afirma relatório do JP Morgan

A estimativa é de que as companhias brasileiras deverão reportar crescimento médio de 30,1% na geração operacional de caixa (Ebitda).

O número é alto, mas torna-se mais significativo comparando com a previsão da entidade para a média na América Latina, de 26,5%. O Brasil puxa essa média para cima. Empresas mexicanas e chilenas devem apresentar um crescimento médio de 14% e 11% no Ebitda, respectivamente.

O Ebitda, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, mede o resultado da empresa antes de contabilizados os ganhos e perdas financeiras (com aluguéis, operações no mercado financeiro e juros), bem como os tributos.

O dado recebe atenção dos investidores porque, excluindo os itens não relacionados com a produção, é um indicador da eficiência e da capacidade da companhia de gerar caixa. No entanto, um Ebitda alto não é garantia de lucros altos.

"As expectativas de ganhos aumentaram nos últimos meses, com o aumento do crescimento global e do preço de commodities", afirma relatório da entidade elaborado por Ben Laidler, Emy Cherman, Brian Chase e Vinay Joseph.

Com isso, o JPMorgan prevê que alguns resultados devem surpreender. Para o banco, Usiminas, SLC Agrícola, Telesp e a Ambev deverão apresentar um Ebitda acima do esperado pelo mercado.

Para o setor financeiro, a entidade está mais pessimista. Embora espere um crescimento médio de 1% em média no lucro por ação, a estimativa é quase 10% abaixo das expectativas de mercado.

Na análise por empresa, o JPMorgan aponta que, dentre as brasileiras, a Positivo, MPX e a Magnesita vão apresentar os piores resultados, em comparação com as expectativas.

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