sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Marchionne diz que Fiat comprará Chrysler até dezembro

Carsale – O chefão mundial (CEO) do grupo Fiat, Sérgio Marchionne, afirmou nesta quinta-feira (27) que a montadora italiana já tem o capital necessário para arrematar o controle acionário da Chrysler. Atualmente, a Fiat possui 25% das ações do grupo norte-americano – que reúne as marcas Chrysler, Dodge, Jeep e Ram, além da preparadora Mopar. A meta é adquirir 51% dos papéis, obtendo, assim, o controle majoritário da montadora e suas divisões. Antes disso, porém, o objetivo da fábrica de Turim é elevar em mais 10% sua fatia, chegando aos 35% de participação.

Mas para chegar à próxima etapa (os 35%), a Fiat terá de cumprir metas pré-estabelecidas. Uma delas é fazer a receita do grupo norte-americano fora dos Estados Unidos superar um montante de US$ 1,5 bilhão – o “emergente” Brasil é um dos mercados-chave no processo. Outra é lançar um carro compacto de apelo ecológico na terra do Tio Sam, capaz de rodar mais 17 km/l. Mas apesar de todo o processo, a união entre Fiat e Chrysler já está sacramentada. Mesmo os governos dos Estados Unidos e do Canadá, hoje donos da maior fatia do grupo, apoiam a fusão.

No início de dezembro, a montadora italiana deu início ao processo reestruturando sua própria casa. Seus negócios foram divididos em duas empresas independentes, separando os automóveis dos veículos comerciais leves (leia aqui). Para comprar de vez a Chrysler, Marchionne chegou a afirmar que a Fiat venderia a sistemista Magneti Marelli e uma parte da Ferrari. Em janeiro, o anúncio da produção do motor 1.4 litro Fire do hatch retrô 500 (Cinquecento), na fábrica de Dundee, em Michigan, estreitou ainda mais os laços entre as montadoras. Segundo especialistas estrangeiros, para chegar aos 51% a Fiat deve desembolsar entre US$ 900 milhões e US$ 4,4 bilhões.

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