sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Johnnie Walker empurra vendas da Diageo

Smirnoff é outra marca campeã de vendas da multinacional inglesa, que cresceu 26% no Brasil em 2011

Quando a inglesa Diageo lançou a campanha Keep Walking Brazil, em outubro do ano passado, ela não celebrou apenas o despertar de um “gigante pela própria natureza”. Da analogia com o próprio Hino Nacional, esse “impávido colosso” contribuiu expressivamente para erguer também o faturamento da maior fabricante de bebidas destiladas do mundo.

A dona do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff, carros-chefe da companhia no Brasil, registrou um crescimento de 19% nas vendas em volume e de 26% em valor por aqui no semestre fiscal terminado em 31 de dezembro. A alta alavancada especialmente pelo Johnnie Walker Red Label, além da Smirnoff, credenciou o Brasil a ganhar a primeira campanha da marca Johnnie Walker criada localmente, pela Neogama/BBH.

Presidida Otto von Sothen, a operação brasileira da Diageo é uma das que mais crescem no mundo. Juntos, os mercados da América Latina, Ásia-Pacífico e África avançaram 18% em vendas e a expectativa é que a representatividade dessas três regiões passe dos atuais 40% para metade das vendas globais da companhia nos próximos três a cinco anos.

Mundialmente, a receita da Diageo somou 5,7 bilhões de libras (US$ 9,04 bilhões), acréscimo de 8% nas vendas em valor e de 3% em volume. Enquanto o lucro operacional da empresa saltou de 1,7 bilhão de libras no segundo semestre fiscal de 2010 para 1,8 bilhão de libras no mesmo período de 2011, o lucro líquido recuou 20%, caindo de 1,1 bilhão de libras para 953 milhões de libras considerando o mesmo período.

A campanha

Filme, anúncios e internet espalharam a campanha Keep Walking Brazil por todo o País. No filme, por exemplo, o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, um dos principais ícones nacionais, transforma-se num gigante que desperta e começa a caminhar. Alinhada ao inconfundível posicionamento de comunicação aplicado pela marca globalmente, a ideia brasileira segue a mesma tônica também nas demais mídias trabalhadas na ação, com o objetivo de celebrar a performance do País que conseguiu estabilizar a sua economia, aumentou a renda de sua população, entrou na lista dos grandes investidores mundiais e ainda virou sede da Copa do Mundo, de 2014, e dos Jogos Olímpicos, de 2016.

Assinada pela inglesa Gorgeous, com pós-produção da The Mill, de Nova Iorque, a produção do filme – que contou versões de 30” e 60” - envolveu 420 profissionais de 11 países, seis dias de filmagens, 11 quilômetros de filme rodado, duas toneladas de equipamentos, 216 figurantes e 12.150 horas de pós-produção.

 

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