Biocombustível feito a partir de subprodutos da fabricação da bebida destilada pode ser produzido em escala comercial
São Paulo – Cientistas escoceses anunciaram em 2010 o desenvolvimento de um biocombustível feito a partir de subprodutos da fabricação de uísque. Agora, dois anos depois, eles criaram uma empresa para viabilizar comercialmente essa invenção. A Edinburgh Napier Univesity’s Celtic Renewable Ltd vai produzir biobutanol com os resíduos do uísque de malte.
De acordo com a equipe responsável pela empreitada, o álcool butanol é 30% mais eficiente do que outros biocombustíveis disponíveis no mercado, como o etanol. Ele é obtido a partir de dois subprodutos do processo de fabricação da bebida destilada: o “pot ale”, líquido remanescente nos alambiques de cobre após a destilação, e o “draff”, que são os restos dos grãos utilizados como a cevada.
Matéria-prima é o que não falta. Segundo os cientistas, a indústria de uísque de malte produz anualmente 1,6 milhões de litros de “pot ale” e mais 187 mil toneladas de resíduos de cevada. A ideia é que o biocombustível possa ser usado sozinho, como principal fonte de energia dos veículos, e também misturado com outros combustíveis, como gasolina e diesel.
A produção de biocombustível a partir do uísque é mais um resultado curioso da crescente busca por novas energias limpas, que conta com outras fontes inusitadas, como penas de frango, gordura de jacaré e tequila.
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