terça-feira, 5 de julho de 2011

Europeu Lupo serve de base para novo popular da Volkswagen

A estratégia de lançar carros com a mesma estrutura em todo mundo, mas com “recheios” diferentes, já havia conquistado a Nissan (com o March), a Ford (New Fiesta), a Fiat (Freemont), entre outros, e vai chegar à Volkswagen.

A montadora alemã pretende adotar a nova geração do compacto popular europeu Lupo como carro global e, assim, reduzir custos. Ela serve de base, por exemplo, para o modelo brasileiro que sairá por cerca de R$ 23 mil e que já roda em testes no país. A versão europeia será lançada neste ano.
O antigo e o novoCuriosamente, o modelo que inspirou o compacto que deve ser mais barato que o Gol já é objeto de museu. A antiga geração do Lupo, produzida entre 2000 e 2005, pode ser vista em Wolfsburg, na sede da empresa, na Alemanha, e virou referência para a montadora pela economia de combustível. Ela contava com motor 1.2 três cilindros a diesel, de 61 cavalos de potência máxima, e chegava aos 165 km/h. O carro rodou o mundo em 80 dias no ano de lançamento, com a média de consumo de 42 km/litro.
A nova plataforma que dará a base ao "Lupo moderno" é a chamada New Small Family (nova família pequena, em inglês) e foi criada a partir da PQ25, da quinta geração do Polo. Ela servirá também de base para o Skoda City e Seat Arosa, entre outros compactos, como as próximas gerações do Gol e do Fox.
Apresentada inicialmente como o protótipo Up!, essa nova geração mede 3,45 m de comprimento, 1,63 m de largura e 1,50 m de altura. O "novo Lupo" carregará também mais responsabilidade que seu antecessor, pois o modelo volta ao mercado com escala global.
“Temos componentes que são iguais para todos os carros, mas cada país tem anseios muito individuais, ou seja, o que o cliente quer em cada lugar é diferente e temos que ir ao encontro do que o nosso consumidor deseja. Por isso, estamos com essa estratégia de desenvolvermos um carro específico para cada mercado e esperamos deter a liderança em 2018”, destacou o responsável por responsabilidade social corporativa da Volkswagen, Gerhard Prätorius.
Previsto para 2014
O início dos testes e o discurso do executivo são indícios que reforçam uma possível pressa da companhia em lançar o carro no mercado brasileiro o quanto antes. A previsão anunciada pela Volkswagen é de que o carro comece a ser vendido em 2014, mas não seria surpresa se novo popular desse as caras já em 2013, substituindo o Gol G4.
Além de protótipos em funcionamento, a fábrica de Taubaté (SP), que já produz o Gol e o Voyage, vai receber R$ 360 milhões para, até o fim de 2012, estar com uma nova área de pintura pronta. Isso significa expansão da capacidade produtiva. Outra unidade fabril brasileira a receber investimento é a de São Carlos (SP), que produzirá uma nova família de motores em alumínio bicombustível.
O modelo ainda sem nome pode ser pequeno e modesto na sua proposta – chegou a ser definido pelo presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, como uma espécie de Tata Nano -, mas a expectativa sobre o carro é tão grande que os cincos centros de engenharia da montadora estão envolvidos no projeto. A responsabilidade do "Lupo brasileiro" será alcançar grande volume de vendas, para que a montadora conquiste o primeiro lugar no ranking global do setor.
“No ano que vem, o Brasil passará a Alemanha em vendas para a Volkswagen e ficará atrás somente da China. É um mercado extremamente importante para nós e vejo um futuro muito promissor”, ressalta Prätorius.
Metas da Volks
O plano Strategy 2018, apresentado em novembro de 2009, traz como meta a venda de mais de 10 milhões de carros no ano pelo grupo em todo o mundo. Ao todo serão investidos R$ 6,2 milhões entre 2010 e 2014 em todas as fábricas da Volks no Brasil. O pacote visa atingir a meta de 1 milhão de unidades produzidas no país até, no máximo, 2013.
Em 2010, foram vendidas 710 mil unidades pela companhia alemã no marcado nacional e foram produzidos 823 mil carros nas plantas brasileiras. Para este ano, a previsão é de crescimento das vendas entre 5% e 6% e produção de 870 mil automóveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário