Não houve alterações de peso na liderança das 15 categorias em que a coluna divide o mercado interno. Dois novos líderes, no entanto, apontam que as marcas sul-coreanas ainda avançam sobre adversários de longa tradição. São os casos do Hyundai Azera, entre médios-grandes, e do Kia Cadenza, entre os grandes. De fato, não se trata de marcas premium e caras, como Audi, BMW e Mercedes-Benz, mas se apresentam como alternativas.
Os segmentos de stations (peruas) pequenas e de monovolumes médios foram os únicos que deixaram de acompanhar a expansão das vendas, perdendo participação de mercado. A falta de novidades é uma das razões, mas os compradores também mudaram suas preferências. Essa mobilidade se deu na direção de sedãs, utilitários esporte e monovolumes de menor porte.
Hatches e sedãs compactos juntos continuam a representar 60% das vendas de automóveis e comerciais leves, com mais de 30 modelos em oferta. Separando o subsegmento de hatches, o Gol G5/G4 mantém-se à frente da dupla Uno/Mille, apesar do sucesso do novo Uno. Ao final deste primeiro semestre os dois modelos alemães somados tinham vendido 9% a mais que a dupla italiana. O Mille representa 40% das vendas do Uno e o G4, 20% dos Gols. Então nessa disputa separada, o veterano da Fiat leva a melhor.
QUEM LEVOU A MELHOR
O ranking da coluna Alta Roda, compilado por Paulo Garbossa, da ADK, usa critérios técnicos diferentes de outras segmentações. A classificação é por percentual baseado nos emplacamentos e aponta apenas modelos mais representativos:
Compactos: Gol/Voyage, 19%; Uno/Mille, 14%; Celta/Prisma, 10%; Palio/Siena, 9,9%; Corsa hatch/sedã/Classic, 8%; Fiesta hatch/sedã, 7%; Fox/CrossFox, 6%; Logan/Sandero, 5%; Agile, 3,7%; Ka, 3,3%; 207 hatch/sedã, 2,8%; Punto/Linea, 2,3%; C3, 2%; Clio/Symbol, 1,8%; City, 1,5%; Polo hatch/sedã, 1%.
Resultado: Gol/Voyage ainda mais firmes.
Médios-compactos: Corolla, 16%; i30, 12%; Focus hatch/sedã, 10%; Cerato, 8,5%; Vectra hatch/sedã, 8,3%; Astra hatch/sedã, 8,27%; Civic, 7,87%; Golf/Bora/Jetta, 7,85%; C4 hatch/sedã, 6%; Bravo, 3,3%.
Resultado: Corolla ameaçado pelo i30.
Médios-grandes: Azera, 26%; Fusion, 24%; Sonata, 14%; Mercedes C, 12%.
Resultado: Azera virou o jogo.
Grandes: Cadenza, 34%; Omega, 24%; BMW 5/6, 20%; Mercedes E/CLS, 18%.
Resultado: Surpreendente, o Cadenza.
Top: Panamera, 56%; Mercedes S/CL, 21%; Audi A8 e Bentley, 6%.
Resultado: Panamera domina.
Stations pequenas: Palio Weekend, 44%; SpaceFox, 40%; Parati, 9%.
Resultado: Weekend agora sob ameaça.
Stations médias: Mégane Grand Tour, 52%; i30 SW, 31%; Jetta, 13%.
Resultado: Preocupação para a Grand Tour.
Monovolumes pequenos: Fit, 25%; Idea, 18%; Meriva, 16%.
Resultado: Fit menos tranquilo.
Monovolumes médios: Picasso Xsara/C4, 58%; Zafira, 33%; Mercedes B, 5%.
Resultado: O líder amplia.
Picapes pequenas: Strada, 48%; Saveiro, 29%; Montana, 18%.
Resultado: Pequena queda da Strada.
Picapes médias: S10, 32%; Hilux, 23%; L200/Triton, 17%.
Resultado: Sem ameaça à S10.
Utilitários esporte pequenos: EcoSport, 29%; Tucson, 11%; CR-V, 10%.
Resultado: EcoSport se fortaleceu.
Utilitários esporte médios: Captiva, 28%; Sorento, 16%; Santa Fe, 14%.
Resultado: Sorento subiu rapidamente.
Utilitários esporte grandes: Pajero Full/Dakar, 30%; Discovery, 16,7 %; Veracruz, 16,2%.
Resultado: Discovery reagiu.
Esportivo: Camaro, 48%; BMW Z4, 10%; Mustang, 9%.
Resultado: Camaro continuou subindo.
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VENDAS EM ALTA
O primeiro semestre fechou com vendas 10% superiores ao mesmo período de 2010, mas com aumento dos estoques de 30 para 33 dias. Para chegar aos 5% de crescimento previstos pela Anfavea em 2011, a comercialização não deveria crescer no segundo semestre. Associação das concessionárias (Fenabrave) apontou outra direção: 7% a 8% a mais sobre 2010.
NOVAS PROJEÇÕES
A Abeiva, que reúne importadores sem fábrica no Brasil, reviu seus números para cima. De 165.000 unidades projeta agora 185.000 unidades em 2011. Retirando-se Argentina e México, cujos produtos não recolhem imposto de importação, associados da Abeiva importaram 33% mais veículos que os fabricantes da Anfavea.
CUBO MÁGICO
Visibilidade, espaço interno e linhas harmoniosas marcam o C3 Picasso. Sem os apêndices, o peso adicional e a altura de rodagem maior da versão Aircross, o mais moderno monovolume compacto do mercado se destaca pela agilidade no trânsito urbano. Em estrada, porém, o câmbio curto obriga o motor a trabalhar em regimes mais elevados e, assim, menos silencioso.
POUPANDO O AMBIENTE
A Petrobrás tem plano ambicioso de controlar , em operações de produção petrolífera, as emissões de gás carbônico, o CO2 responsável por parte do efeito estufa na atmosfera. Investimento é de US$ 1,2 bilhão. Mas, a utilização do petróleo nos transportes e em outras atividades continuarão como forte emissor de CO2.
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