O grupo francês de distribuição Carrefour pode estudar uma nova proposta de fusão no Brasil caso seja apresentado outro mecanismo financeiro, afirmou o diretor financeiro da empresa, Pierre Bouchut, em um encontro com analistas.
"Não é o caso neste momento. Se nos for apresentada uma nova proposta, seria algo completamente novo", dosse Bouchut.
O diretor financeiro destacou um pouco antes a impossibilidade de uma fusão da filial brasilira do grupo com a CBD Pão de Açúcar, que tem participação do Casino, grupo francês rival do Carrefour e que manifestou oposição veemente à operação.
Diante das divergências, o BNDES desistiu de financiar parte do projeto.
O empresário Abilio Diniz, fundador da CBD e principal defensor do projeto de fusão, reconheceu na terça-feira o fracasso do mesmo, após a rejeição pelo Conselho de Administração do Casino, acionista da CBD, e da retirada do BNDES.
"A Península (holding da família Diniz) considera que atualmente não é possível continuar com o projeto", declarou.
Segundo o BNDES, que a princípio estaria disposto a financiar a operação em até dois bilhões de euros (4,5 bilhões de reais), sua intervenção dependia do entendimento de todas as partes envolvidas, incluindo o Casino, mas as condições estabelecidas não foram cumpridas.
O objetivo da fusão entre o número um e o número dois da distribuição no Brasil era criar um grande grupo, que geraria vendas anuais de 30 bilhões de euros.
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