Por muitos motivos, uma marca tem maior participação numa cidade do que em outra, num estado do que em outro. A presença da fábrica contribui muito para essa preferência, talvez pelo bairrismo dos seus habitantes.
Mas em outros casos, as razões da grande presença da marca na cidade ou no estado têm razões mercadológicas e de oferta (como o maior número de concessionárias) ou não tem um motivo aparente. Em outros casos, a marca simplesmente tem a cara da cidade (os dados são da Renavam para o acumulado de maio).
O fato é que essas diferenças existem e às vezes são grandes. No estado de São Paulo, por ser o maior e mais tradicional mercado do País, essa situação não é predominante, mas outros estados apresentam casos curiosos.
Mas em São Paulo, três marcas se destacam por ter uma participação bem acima da sua média nacional. A GM, que cresce de 18,7% no Brasil para 20,6% no estado. A Hyundai aumenta a participação de 3,5% (Brasil) para 4,9% no estado e 6,7% na cidade e a Citroën passa de 2,6% para 3,3% na capital.
É notória a vantagem da Fiat em Minas Gerais em relação às concorrentes. A participação da montadora no estado onde mantém as suas fábricas é bem maior do que a média nacional. Enquanto a Fiat tem 21,7% das vendas no Brasil, a participação sobe para 31,4% em Minas e 32,6% em Belo Horizonte. Será que a boa participação em Brasília é por conta da proximidade com as Minas Gerais? É que na capital federal a Fiat tem também uma das suas maiores participações, 30,4%. Mas é no distante Piauí que tem o seu recorde, 34,6% no estado e 33,1% em Teresina.
O mesmo acontece com a Volks. No plano nacional a marca tem 21,4% das vendas, mas cresce para 24,4% no Paraná, onde mantém a fábrica de São José dos Pinhais. Assim como a Fiat, a Volks tem a maior presença num estado de baixo consumo, o Tocantins. A participação na capital Palmas é de 33,8%.
No Rio Grande do Sul, onde tem a fábrica do Celta, a GM tem 21% das vendas, mais de três pontos percentuais a mais do que a média nacional, de 18,7%. Mas na Paraíba (29%) e no Maranhão (27,4%) são os estados onde ela tem as maiores participações. A cidade com a maior presença da marca é São Luis, 30%.
A Ford tem as sua maior participação em Salvador, capital da Bahia onde instalou a sua fábrica em Camaçari. A marca consegue o índice de 11,3% na capital baiana, contra 9,1% de média no País.
As marcas francesas, por tradição, têm grande presença no Rio de Janeiro, que teve grande relação com a França desde a época do Império e ainda hoje é uma das cidades preferidas dos turistas franceses no Brasil.
A Renault tem 7,2% da preferência dos fluminenses e 8,4% dos cariocas, o dobro da participação nacional, que é de 4,6%. A participação da marca no Paraná, onde tem a fábrica, sobre para 6,4% e em Curitiba 6,9%
Citroën e Peugeot acumulam a simpatia dos fluminenses com a presença da fábrica da PSA em Porto Real, no Rio, onde são produzidos os carros da marca. Ambas têm 2,6% das vendas no Brasil e no Rio a Peugeot sobe para 3,3% e a Citroën 3,4%. Até a
Mitsubishi tem um pequeno aumento da participação em Goiás, passando de 1,6% no Brasil para 1,8% no estado.
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