Nos próximos dias saem os números parciais de vendas de veículos neste mês de abril. São os emplacamentos da primeira quinzena, baseados no Renavam e divulgados pela Fenabrave (associação dos distribuidores). Além de Fiat e Volkswagen, que este ano prometem disputar carro a carro a liderança do ranking das fabricantes, também a turma da JAC Motors deve estar de dedos cruzados à espera desses dados.
Eles podem confirmar o que já vem sendo sussurrado nos corredores das revendas da recém-chegada marca chinesa: as vendas do J3, por ora o único modelo com pronta entrega da JAC, teriam avançado fortemente — especificamente na cidade de São Paulo. Entre os compactos, e excluindo os de motor 1.0, o hatch chinês estaria atrás apenas de Chevrolet Agile e Citroën C3. Best-sellers como Volkswagen Gol, Fiat Palio e Renault Sandero (todos com motor de 1.4 para cima) já comeriam a poeira deixada pelo J3 — que tem motor 1.3, embora a fábrica diga que é 1.4.
Ainda não há números oficiais. E “vencer” em São Paulo não é “vencer” no Brasil. Mas, se essas novas posições no ranking de vendas se confirmarem, há uma explicação multiuso à disposição — multiuso porque ela dá conta de um sucesso e um fracasso.
A capital paulista concentra a maioria das lojas da JAC. São 14 revendas e sete espaços em shopping centers. A localização é sempre em pontos de grande movimento de potenciais compradores (inclusive as que são “geminadas” com revendas Citroën pertencentes ao grupo SHB, que importa os JAC). Por isso é mais fácil vender aqui. Este é o sucesso.
Mas a mera ampliação da amostra para todo o Estado de São Paulo já deve apontar que bater nos mais velhos não será tão fácil assim. O interior paulista puxará a participação da JAC para baixo porque nele há menos revendas da marca — e este é o (relativo) fracasso. Cada vez mais o cliente quer o produto vindo a ele (leia-se, num ponto de venda próximo).
O Brasil é muito grande; mas a China também é.
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