sexta-feira, 8 de abril de 2011

Empresas de loteamentos entram no radar do investidor


SÃO PAULO - A entrada de grandes investidores colocou definitivamente as empresas de loteamentos no radar do mercado. Com todo um país por desbravar enquanto os grandes centros urbanos tendem à saturação, o setor é apontado como a próxima fronteira para os grupos que atuam com construção.

Enquanto nas grandes cidades a escassez de terrenos para verticalização tem encarecido o metro quadrado da área construída, a urbanização das regiões periféricas ganha força, estimulando a sinergia entre incorporações verticais e horizontais com quadras de loteamento, diz Raphael Scamilla Jardim, gerente comercial da Cipasa, uma das principais empresas do setor.

Para Jardim, o mercado de loteamentos passa no momento por um processo de consolidação, como vem ocorrendo com as incorporadoras, e a abertura de capital de empresas do setor é ?inevitável, uma questão de tempo?, num movimento parecido com o que ocorreu com as incorporadoras. 

Com a recuperação da demanda do mercado imobiliário, após duas décadas de estagnação, as empresas agora estão tirando os projetos da gaveta, afirma o presidente da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo), Caio Portugal. ?Estamos claramente buscando recursos no mercado, seja através de securitização de recebíveis ou parcerias?, diz o executivo, que também é superintendente da GP Desenvolvimento Urbano e vice-presidente de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

O cenário para as companhias - até então vistas com desconfiança pelo mercado - começou a mudar a partir da aquisição da Alphaville pela Gafisa, em 2006. No ano seguinte, a gigante americana Carlyle anunciou o primeiro investimento no Brasil com a compra de uma participação na Scopel. O último grande movimento no setor ocorreu no fim de 2010, com a aquisição da Cipasa pela gestora de private equity Prosperitas.

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