A expansão imobiliária na cidade de São Paulo, destino de boa parte dos investimentos aplicados na capital paulista, está ameaçada pela falta de espaço.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, a zona leste de São Paulo é a única região com alguma folga para expansão imobiliária nos próximos anos.
É a região escolhida para a construção do estádio do Corinthians, arena prometida para a abertura da Copa do Mundo, em 2014.
"Para a região norte, temos os limites da serra da Cantareira. Na região sul, há limitações ambientais.
Na oeste, não há mais espaços. A zona leste é a única, ainda, como alguma disponibilidade de área. É uma carência crônica a que vivemos", afirma Cintra.
Segundo Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio, esse problema tem inflacionado o custo do metro quadrado em São Paulo e promovido a expulsão da indústria.
O novo ciclo de investimento imobiliário tem transformado antigas áreas industriais, como a Vila Leopoldina, a Mooca e a Barra Funda, em espaços para projetos habitacionais e comerciais.
DEFICIT
Segundo Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog, uma das maiores imobiliárias do país, a cidade vive um deficit de novas ofertas para locação comercial.
O ritmo da economia local é tão forte que o percentual de imóveis desocupados é um dos menores dos últimos anos. Segundo Simone, atualmente o índice de vacância dos imóveis, comerciais e industriais, é de apenas 5%. "O nível normal seria o dobro", diz.
A situação começa a melhorar apenas em 2013, quando 600 mil metros quadrados serão ofertados no mercado.
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