Carsale - De acordo com informações de um estudo divulgado pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), um dos responsáveis pela instabilidade dos preços do etanol (tecnicamente conhecido como álcool hidratado) nos postos brasileiros é a inflação embutida na produção do álcool anidro, o componente básico para a produção do combustível.
Segundo o levantamento da FGV, a inflação acumulada do álcool anidro atingiu em 2011 o maior patamar em oito anos. Em comportamento atípico para o período de safra de cana-de-açúcar, o produto no atacado subiu 46,08% em 12 meses. "Vale lembrar que o álcool anidro também faz parte da composição final da gasolina. Sendo assim, os efeitos são semelhantes", alerta o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros.
Aliado à esses dados, a consultoria especializada no segmento sucroalcooleiro, Projeto Brasil Sustentável, divulgou outro estudo afirmando que o quatro de preços altos e a carência de oferta de etanol tende a se manter nos próximos dez anos.
Caso sejam mantidas as recentes taxas de evolução na demanda do setor, nas próximas cinco safras haverá um déficit de mais de 25% da oferta de etanol. A produção anual estimada será de 780 milhões de toneladas de cana, enquanto o mercado só estará bem atendido com um mínimo de 980 milhões de toneladas. Na extensão do cenário para dez safras, a situação piora. Em 2021, a oferta de etanol estará 40% menor que a necessidade do mercado. A safra será de 970 milhões de toneladas para um consumo superior a 1,3 bilhão.
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