O site do jornal The New York Times registrou uma queda entre 5% e 15% no número de visitas diárias desde que passou a cobrar pelo acesso à sua edição digital no dia 28 de março, segundo dados da consultoria Experian Hitwise divulgados nesta segunda-feira, 11. A empresa de análise, que mede o tráfego na internet, comparou o número de leitores do site NYTimes.com em um período de 12 dias antes e 12 dias depois do início da cobrança.
O resultado é que a versão online do diário norte-americano teve uma redução no número de visitas, a exceção do sábado, dia 9, quando recebeu 7% de visitas a mais. A empresa atribui a diferença ao interesse dos leitores sobre a possibilidade de paralisação do governo dos EUA por causa da falta de acordo com o Congresso do país sobre o orçamento.
O efeito do chamado “muro de pagamentos” (paywall, em inglês, termo que se refere ao firewall, mecanismo de proteção dos computadores para bloquear conexões potencialmente perigosas) foi maior se contado o número total de páginas visitadas, que caiu entre 11% e 30% no mesmo período dependendo do dia, segundo os dados da empresa de análise.
O prestigioso jornal começou a cobrar pelo acesso — ainda que os usuários possam acessar até 20 artigos por mês gratuitamente — e oferece três formas de assinatura: US$ 15 por mês para acesso ilimitado por meio de computadores ou celular, US$ 20 por acesso ilimitado incluindo por meio de tablets e US$ 35 por mês a partir de qualquer um dos dispositivos.
Em uma tentativa de manter os mais de 31 milhões de leitores mensais do site, a empresa não soma as visitas feitas a partir de links compartilhados no Twitter e no Facebook ao limite de 20 artigos gratuitos por mês. E os visitantes que entram no site a partir de um link nos resultados de buscas do Google podem ainda acessar mais 5 artigos por mês.
A Experian Hitwise disse que essas possibilidades de acesso gratuito abrem espaço para driblar as barreiras de cobrança do site. A empresa disse que não registrou nenhuma diferença significativa na audiência a partir dos buscadores e das redes sociais desde o início do sistema de pagamentos.
/ EFE
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