Iniciativa da Endesa Brasil já beneficiou 300 mil moradores do Rio de Janeiro e do Ceará. Desde o início do projeto em 2008, os descontos nas faturas totalizaram R$ 1 milhão.
A conta de luz de Rosângela Calvet diminuiu consideravelmente desde que a comerciante começou a separar materiais recicláveis e entregá-los no posto de coleta mais próximo de sua casa, em Niterói (RJ).
À primeira vista, pode não fazer muito sentido trocar lixo por descontos na fatura de energia. Mas a explicação é simples: quem está por trás desta iniciativa é a empresa do setor elétrico Endesa Brasil.
Desde que foi criado em 2008, o projeto já distribuiu R$ 1 milhão em descontos para 300 mil famílias do Rio de Janeiro e do Ceará - estados onde a empresa atua - e reciclou 9,5 milhões de toneladas de lixo.
"Tem gente que prefere doar o benefício para organizações não-governamentais cadastradas no programa", conta André Moragas, diretor de relações institucionais da companhia.
A ideia do projeto surgiu de uma pesquisa realizada em 184 comunidades de baixa renda da Grande Fortaleza, disse o executivo. Constatou-se, na ocasião, que a maior parte dos moradores desses municípios depositava o lixo doméstico em locais impróprios e ainda detinha os maiores índices de inadimplência e furto de energia elétrica do estado.
Foi aí que a Endesa Brasil - por meio de sua subsidiária Coelce - fez uma parceria com a Universidade de Fortaleza, a companhia Knowledge Networks and Business Solutions e a empresa de coleta de resíduos Organizações Gonçalves.
O objetivo era desenvolver um sistema que fosse capaz de computar os bônus adquiridos com a troca dos materiais recicláveis. E assim foi criado o programa Ecoelce que, no ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro com o nome Ecoampla - referência à subsidiária fluminense Ampla.
Pelo programa, o morador recebe um cartão que armazena o quanto ele arrecadou com a coleta seletiva. Os créditos são enviados, por meio da tecnologia de telefonia GPRS, para a central de processamento da empresa que trata os dados e os remete ao sistema de faturamento, que é responsável por transformar o crédito em desconto na conta de energia.
Moragas afirma que a Endesa Brasil não tem ganhos financeiros com o programa. Ele explica que se um morador leva o equivalente a R$ 100 de lixo reciclável a um posto cadastrado, R$ 20 ficam com a empresa que faz a coleta. Já os R$ 80 restantes são encaminhados para a companhia do setor elétrico e este valor é descontado da conta de luz do cliente.
"Estamos tentando adequar o consumo à realidade das pessoas", diz.
Próximos passos
Os shoppings cearenses serão os próximos alvos do Ecoelce. De acordo com Moragas, a companhia vai instalar lixeiras nas praças de alimentação dos centros comerciais para atrair clientes das classes mais altas para o programa.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a Ampla está de olho nos clientes corporativos. A ideia é instalar recipientes dentro de fábricas e empresas e fazer o recolhimento do material arrecadado periodicamente. O teste será feito com a fabricante de embalagens Itaquera, que fica em Magé.
"Temos ainda o projeto de levar postos itinerantes para cidades onde não há pontos de coleta. A ideia é deixá-los por dois meses em cada município", acrescenta.
À primeira vista, pode não fazer muito sentido trocar lixo por descontos na fatura de energia. Mas a explicação é simples: quem está por trás desta iniciativa é a empresa do setor elétrico Endesa Brasil.
Desde que foi criado em 2008, o projeto já distribuiu R$ 1 milhão em descontos para 300 mil famílias do Rio de Janeiro e do Ceará - estados onde a empresa atua - e reciclou 9,5 milhões de toneladas de lixo.
"Tem gente que prefere doar o benefício para organizações não-governamentais cadastradas no programa", conta André Moragas, diretor de relações institucionais da companhia.
A ideia do projeto surgiu de uma pesquisa realizada em 184 comunidades de baixa renda da Grande Fortaleza, disse o executivo. Constatou-se, na ocasião, que a maior parte dos moradores desses municípios depositava o lixo doméstico em locais impróprios e ainda detinha os maiores índices de inadimplência e furto de energia elétrica do estado.
Foi aí que a Endesa Brasil - por meio de sua subsidiária Coelce - fez uma parceria com a Universidade de Fortaleza, a companhia Knowledge Networks and Business Solutions e a empresa de coleta de resíduos Organizações Gonçalves.
O objetivo era desenvolver um sistema que fosse capaz de computar os bônus adquiridos com a troca dos materiais recicláveis. E assim foi criado o programa Ecoelce que, no ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro com o nome Ecoampla - referência à subsidiária fluminense Ampla.
Pelo programa, o morador recebe um cartão que armazena o quanto ele arrecadou com a coleta seletiva. Os créditos são enviados, por meio da tecnologia de telefonia GPRS, para a central de processamento da empresa que trata os dados e os remete ao sistema de faturamento, que é responsável por transformar o crédito em desconto na conta de energia.
Moragas afirma que a Endesa Brasil não tem ganhos financeiros com o programa. Ele explica que se um morador leva o equivalente a R$ 100 de lixo reciclável a um posto cadastrado, R$ 20 ficam com a empresa que faz a coleta. Já os R$ 80 restantes são encaminhados para a companhia do setor elétrico e este valor é descontado da conta de luz do cliente.
"Estamos tentando adequar o consumo à realidade das pessoas", diz.
Próximos passos
Os shoppings cearenses serão os próximos alvos do Ecoelce. De acordo com Moragas, a companhia vai instalar lixeiras nas praças de alimentação dos centros comerciais para atrair clientes das classes mais altas para o programa.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a Ampla está de olho nos clientes corporativos. A ideia é instalar recipientes dentro de fábricas e empresas e fazer o recolhimento do material arrecadado periodicamente. O teste será feito com a fabricante de embalagens Itaquera, que fica em Magé.
"Temos ainda o projeto de levar postos itinerantes para cidades onde não há pontos de coleta. A ideia é deixá-los por dois meses em cada município", acrescenta.
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