O tempo das pessoas é hoje a medida necessária para conquistar e manter os clientes. Além de ter um produto ou serviço inigualável, marcas devem prestar serviço para os consumidores
Relembre a frase de Francisco Alberto Madia de Souza, um dos pais do Marketing no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing há pouco mais de um ano: “Hoje, a concorrência é ampla, geral e irrestrita por causa da moeda tempo. Vamos ganhar mais dinheiro, mas não teremos mais tempo. Teremos que fazer opções e descartar serviços. Nós já fazemos isso todo ano quando deixamos de usar um serviço e optamos por outro. Hoje, as crianças não esperam mais o Wii ligar. Elas pegam o iPad e saem jogando. Os meus netos fazem isso. As pessoas estão privilegiando tudo que está mais acessível e que poupa tempo”.
O tempo se tornou fator chave na decisão por marcas, produtos e serviços porque não temos mais horas livres para comprar nem consumir tanto quanto nas últimas décadas. A vida contemporânea nos obriga a fazer escolhas a cada minuto. Falta tempo para tudo. Família, amigos, trabalho, você. Quantos não sentem a angústia de estarem em falta com os amigos? Quantos não dão mais conta de tudo o que têm para fazer no trabalho? Quantos já ouviram reclamação de familiares de que você não tem mais tempo para eles? Quantos não têm a consciência pesada por estar ausente da família? Quantos não adiam seus planos por não ter tempo para eles?
É uma reflexão cotidiana. Simples até, mas fundamental para enxergarmos que algo está mudando. Veja os índices de alimentação fora do lar. Cresce a cada ano o número de pessoas que fazem refeições na rua não somente porque têm maior poder aquisito, mas principalmente porque não têm mais tempo para cozinhar ou querem aproveitar este tempo para fazer outra coisa. Ter tempo livre e ocioso entrou na categoria aspiracional do Luxo. Poucos têm acesso.
Como ter o tempo das pessoas?
Por isso, devemos pensar em Share of Time antes de Market Share, Share of Wallet, Share of Mind ou Share of Heart. Sem o tempo das pessoas, é impossível conquistar seu coração, sua mente, sua carteira e o mercado. Primeiro, as marcas precisam conquistar a atenção do seu target, o que é cada vez mais difícil neste mundo fragmentado, divergente, digital, em rede, enfim, hipermoderno.
Atenção e interesse caminham juntos para conquistar o tempo do consumidor. Arrumamos tempo quando temos interesse por alguma coisa, não é? Para as marcas, o desafio é, além de ter um produto ou serviço inigualável, prestar serviço. Ajudar a comprar ao invés de vender. Ajudar as pessoas a viverem melhor. Facilitar a vida delas. Diverti-las diante de um mundo cada vez mais angustiante.
Como fazer isso? Com conteúdo para marcas. Criando desde uma Rádio SulAmérica Trânsito, que, no final das contas, ajuda as pessoas a chegarem em casa mais cedo ou não se atrasarem para o trabalho, até aplicativos para celulares inteligentes, passando por inúmeras plataformas e modelos voltando para o entretenimento e prestação de serviço.
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