Nizan Guanaes publica uma coluna na Folha de S.Paulo a cada 14 dias, sempre às terças-feiras. Hoje, o presidente do Grupo abc usou o espaço para cutucar uma ferida do mercado de propaganda: o uso excessivo das pesquisas para criação de peças publicitárias.
No texto, o publicitário critica a "mesmice" das criações, que se baseiam em estudos para não errar, para deixar o consumidor confortável.
"As pesquisas, que foram uma extraordinária alavanca, que fazem tanta diferença até hoje, estão, a meu ver, patinando e pasteurizando a publicidade e o marketing", diz. "E jogando centenas de milhões de dólares no ralo pelo mundo inteiro."
Guanaes comenta que não se pode deixar o estudo tomar conta do negócio para não menosprezar a importância das decisões tomadas "fora da curva".
"Quando resultados de pesquisa são usados como álibis dentro de nossas corporações, todo mundo perde tempo e dinheiro e tudo fica igual, morno, bege", alfineta.
Diz ainda que o mercado precisa de uma "pesquisa 4.0", pois é necessário dar atenção a vários ângulos, não só ao mais lógico ou ao que se mova pelo "feeling". "Afinal", explica, "tem coisas que o raio-X detecta, tem outras que só a ressonância magnética detecta e tem outras coisas que só o psicanalista detecta."
Redação Adnews
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