quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Internet: ruim com ela, impossível sem

Jeffrey Cole, da UCLA, destacou os impactos que a internet provoca até hoje

Protagonista do terceiro painel do primeiro dia do MaxiMídia, Jeffrey Cole, pesquisador da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), compartilhou os pontos principais dos estudos que vem desenvolvendo no projeto Digital Future.

Cole, no painel “O impacto da internet – o futuro definitivo”, destacou que desde o início dos anos 90 já havia destacado que o impacto da internet seria maior que o da televisão. A mídia impressa é uma das que mais vem sofrendo as influências e consequências da rede. No ano passado, em palestra a editores de jornal disse que o meio impresso teria de 25 a 30 aos e foi chamado de alarmista. Mas segundo ele a previsão ainda era otimista.

Das mídias de massa, a TV é uma das poucas que continuam crescendo, mas só consegue isso saindo da casa das pessoas. Hoje, destacou, há três telas em frente das quais passamos grande parte de nosso tempo: TV, computador e celular. “E o iPad está substituindo a segunda tela”, disse Cole (destacando que outros produtores de tablets, como Samsung e HP tiveram um ano para tentar desenvolver produtos tão eficientes quanto, mas não conseguiram).

Ao tratar das redes sociais, Cole afirmou que os adolescentes não estão mais no MySpace, a partir do momento que suas mães também passaram a usar a rede (seria como ir a uma balada em companhia delas).

O pesquisador prevê crescimento do Facebook para os próximos anos, até atingir 1 bilhão de usuários, mas não crê que surgirão outras redes da mesma dimensão: “A tendência é que as redes sociais se tornem fragmentadas”.

Num mundo em que “tudo é móvel”, executivos de grandes empresas, sentem até desejo de que a internet termine, isso porque embora sintam a necessidade de interagir com seus clientes através das redes sociais, muitos, segundo Cole, no fundo ainda estão desconfortáveis com essa nova realidade.

De toda forma, ainda que se sintam presos à rede, ninguém quer abandoná-la e o número de dispositivos que as pessoas usam é cada vez maior, destacou.
 


 

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