quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Marisa vende mais na internet ao promover relacionamento e assertividade

 

Rede promove entretenimento, conteúdo e muda a comunicação

A Marisa está buscando, desde 2010, se relacionar mais com suas clientes e potenciais compradoras pela internet. Dois anos antes, a rede varejista entendeu que precisava ser interativa e promover entretenimento online para ser mais assertiva. Como resultado, em 2011, a empresa percebe uma diminuição nas trocas de produtos e um aumento nas vendas.

Com 290 pontos de venda e com planos de chegar a 334 até o fim do ano que vem, a loja virtual ganha cada vez mais importância e espaço dentro da
estratégia de Marketing da Marisa. A rede foi uma das pioneiras a vender pela internet, no ano de 2000. Desde então, quando comercializava apenas lingerie, muitas marcas abriram e fecharam suas operações online. Há 11 anos conectada, a companhia diz ter criado uma inteligência sobre seu mercado consumidor como ninguém: a mulher da Classe C.

Um dos maiores desafios da
empresa desde os primórdios e até agora é quase o mesmo: convencer a comprar roupa pela internet. “A mulher precisa de segurança para poder comprar e a falta de padronização de tamanhos sempre foi um problema, deixando-a insegura”, afirma Roberto Sampaio, Diretor Comercial da Marisa, durante palestra no Digitaling, Fórum Internacional de Varejo Digital.


Tamanho na medida certa
 
Para tentar equacionar a dificuldade na escolha, a Marisa sempre permitiu a troca dos produtos nas lojas físicas. Mas foi apenas no ano passado que a rede conseguiu resolver a questão dos tamanhos. Online, as consumidoras indicam suas medidas e o sistema faz a conversão para os tamanhos correspondentes na loja da marca. Além disso, um botão indica as peças que estão nas medidas da compradora. “Trabalhamos com foco na assertividade”, aponta Sampaio. “Com isso diminuímos as trocas e aumentamos as vendas”.

No e-commerce, pequenas ações podem representar grande crescimento de venda. A Marisa percebeu também que mudar uma foto simples de uma blusa por uma que expresse atitude poderia aumentar o giro do produto. Foi o que aconteceu. “Vendemos foto e entregamos produtos. A foto tem que transmitir emoção”, ressalta o executivo. Essa e outras mudanças, iniciadas em 2010, fazem parte de um amplo programa de transformações.


Em 2008, a companhia listada na bolsa de valores de São Paulo viu um forte aumento da Classe C na internet e percebeu que sua estrutura na época não seria suficiente para dar margens a maiores crescimentos em seu e-commerce. Também batia à porta do mercado o fenômeno da mídia social. Por isso, uma nova plataforma foi criada com foco em relacionamento. Desde então, a Marisa promove entretenimento e interatividade com a possibilidade das clientes
montarem seus looks, com dicas de moda em um blog, conversas no Twitter, desfiles transmitidos pelo YouTube e compartilhamento de experiências pelo Facebook.


Unificação da comunicação
 
Todos os canais digitais também fazem promoção e têm como objetivo levar a cliente para a loja virtual. Pelo YouTube, em breve será possível clicar na roupa que a modelo está vestindo e ser direcionado ao site para comprar. Ao mesmo tempo, ferramentas no próprio e-commerce da Marisa promovem os produtos com um novo apelo, como o Chá de Lingerie. “Um jeito simples, fácil e divertido de organizar o seu chá de lingerie. Crie uma lista personalizada com os itens de moda íntima ou feminina que mais gostaria de ganhar e avise suas amigas, parentes e familiares”, diz uma chamada no site.

O maior desafio agora é integrar a comunicação em uma plataforma multicanal. Com uma mensagem única nascida e criada nas redes sociais, a Marisa pretende ampliar o diálogo com a consumidora da classe C. Para se aproximar de suas clientes, a empresa lançou recentemente o conceito “A gente é mulher, a gente se entende”.


Uma das medidas adotadas foi a reformulação do catálogo de produtos, que passa agora a ser um guia de moda, uma revista chamada “#Vou de Marisa”. A publicação também passou por uma adequação de tamanho para caber nas bolsas das mulheres, permitindo mais tempo de contato com a marca. Por dentro, o conteúdo tem links chamam para o blog, para o Facebook e para o Twitter. Tudo para vender mais.

 

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