sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Gol estima que tarifas aéreas subam até 5% nos próximos meses


O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Junior, disse há pouco, durante teleconferência com analistas, que acredita que ocorra uma recuperação nos yields (indicador de tarifa) entre 4% e 5% nos próximos meses. "Não dá para garantir que isso vá ocorrer, mas acredito que esse aumento esteja refletido mais no resultado do quarto trimestre, porque já estamos no meio do terceiro trimestre", afirmou.

Segundo ele, como os custos das empresas estão subindo, é natural que haja uma recuperação dos yields. A competitividade acirrada no setor será um fator importante no ritmo desse processo, na opinião do executivo.
Constantino disse que não acredita que a crise internacional afete a demanda interna do setor aéreo no Brasil. Segundo ele, a empresa tem previsão de crescimento para o setor entre 12% e 18% este ano. A empresa comenta hoje os resultados do segundo trimestre de 2011, quando obteve prejuízo 591% maior, para R$ 358,7 milhões entre abril e junho na comparação com igual período do ano passado.
Prejuízo
A Gol Linhas Aéreas registrou prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no segundo trimestre do ano, crescimento de 591% ante o prejuízo de R$ 51,9 milhões registrado no mesmo período de 2010. No primeiro trimestre, a companhia havia obtido lucro líquido de R$ 110,5 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou negativo em R$ 180,1 milhões de abril a junho, ante o Ebitda positivo de R$ 137,6 milhões apurados no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda registrou recuo de 20,2 pontos porcentuais, para -11,5%.
A receita líquida atingiu R$ 1,566 bilhão no segundo trimestre, queda de 1,5% em relação ao R$ 1,590 bilhão do mesmo período do ano passado.
O resultado financeiro da companhia no segundo trimestre foi uma despesa líquida de R$ 87 milhões, queda de 23,1% frente à despesa líquida do mesmo período do ano passado, de R$ 113,2 milhões.
A Gol atribuiu o prejuízo no trimestre ao "cenário competitivo no mercado brasileiro, que acarretou queda de 2,3% na receita de passageiros, e da pressão nos custos operacionais da companhia durante o segundo trimestre de 2011".
O vice-presidente de Finanças da Gol, Leonardo Pereira, disse há pouco que as receitas auxiliares devem representar este ano entre 10% e 11% da receita total. "Não temos ainda previsões para 2012", afirmou.
As receitas auxiliares correspondem, por exemplo, ao transporte de cargas, remarcação de voos, excesso de bagagens e vendas a bordo. Elas apresentaram aumento de 4,2% em relação ao segundo trimestre de 2010 e somaram no segundo trimestre deste ano R$ 180,2 milhões. Em relação ao primeiro trimestre, porém, esse número foi 2,1% menor.

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