quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inadimplência bate novo recorde em maio e já atinge 6,1% dos empréstimos

Taxa considera apenas atrasos acima de 90 dias e apresenta maior índice em 12 anos



Inadimplência bate novo recorde em maio e já atinge 6,1% dos empréstimos
Depois de atingir 5,9% em abril, a taxa de inadimplência no financiamento de automóveis registrou em maio novo recorde histórico, desta vez de 6,1% – a maior alta em 12 anos. Os dados revelados pelo relatório mensal do Banco Central mostram que o índice sobe 0,2 pontos percentuais a cada mês desde janeiro deste ano. No início do ano, a taxa de inadimplência estava na ordem de 5,3%. Na comparação com maio do ano passado, quando a inadimplência bateu 3,6%, o número de consumidores que não conseguiram honrar seus contratos de operações de crédito apresentou alta de 2,5 pontos percentuais.

Em maio, os empréstimos com atrasos entre 15 e 30 dias, que antecipam uma tendência de inadimplência, tiveram leve queda de 0,1 ponto percentual na comparação com abril – de 8,6% para 8,5%. O status de inadimplente faz referência apenas aos consumidores que não pagam suas prestações há mais de 90 dias. Segundo o BC, o volume de crédito para a aquisição de veículos, que totalizou R$ 200 bilhões, apresentou recuo de 0,3% em maio na comparação com abril, embora tenha registrado alta de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. As concessões de crédito, no entanto, apresentaram significativa alta de 13% em maio sobre abril, para R$ 7,6 bilhões, apesar da queda de 13,3% em relação a maio de 2011.


De acordo com o BC, o prazo médio dos financiamentos se manteve estável em 17 meses em maio, com a taxa de juros apresentando recuo de 2,6%, de 26% registrados em abril para 23,4% anotados no mês passado. Como já ocorre desde o início do ano, a alta na taxa de inadimplência no segmento de veículos afeta outros setores da economia e contribui para elevar o índice geral de inadimplência de pessoas físicas no Brasil. Em maio, a média geral alcançou 8% – maior percentual registrado desde maio de 2009, quando o índice ficou em 8,5%.

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