quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mercedes-Benz 608 faz 40 anos

Prestes a completar 40 anos de mercado, o médio 710 Plus ainda é um dos campeões de venda da Mercedes-Benz do Brasil, que lançou o caminhão em 1972 pensando numa solução para o transporte de cargas urbano e entre cidades.

Mesmo com concepção antiga, a sobrevivência do 710 por quatro décadas é explicada pela aceitação do mercado, que vê no modelo exemplo clássico de custo-benefício – nele o que importa é a baixa desvalorização e o bom valor de revenda, além da mecânica simples, ampla oferta de peças, manutenção fácil e menos dispendiosa.
Nos últimos anos, o caminhão ainda vem sendo beneficiado em razão do trânsito caótico nos maiores centros urbanos brasileiros – o 710 está adaptado para rodar como VUC (Veículo Urbano de Carga) e não sofrer as restrições impostas aos veículos pesados em horários de pico.
Em sua estratégia de vendas, a Mercedes-Benz juntou o 710 a outros modelos que integram a Linha tradicional, como L-1620 e o L-1318, modelos, que apesar da concorrência cada vez mais acirrada entre os grandes fabricantes nacionais e os estreantes importados, o mercado não hesita em lhe garantir a sobrevivência.
“Aqui na fábrica da Mercedes-Benz nós costumamos dizer que as peças do 710 podem ser achadas até em farmácia”, brinca Wilson Baptistucci, gerente de marketing para produto caminhão. “É versátil, consagrado pelo mercado”, afirmou o empresário Urubatan Helou, que tem 400 unidades do modelo em sua frota de mil caminhões.
Com preço sugerido em torno dos R$ 115 mil, o 710 vende cerca de 7.000 unidades por ano – número que representa cerca de 17% das vendas totais da marca – em 2010 seus emplacamentos somaram 46,5 mil caminhões no mercado brasileiro.
O 710 segue firme em sua força de venda neste ano, quando de janeiro a junho, já registra 3.500 unidades comercializadas. Seus principais concorrentes são o Volkswagen Man W 8.120 e o 8.150 Delivery, além do Ford Cargo 815.
O PBT (Peso Bruto Total) do médio é de 6.700 quilos. O veículo tem várias aplicações no transporte. Pode ser equipado com furgão isotérmico, frigorífico, carroçaria aberta para carga seca, plataforma de auto-socorro, botijões de gás e bebidas, entre outras opções.
O modelo é mais indicado para operações de coleta e entrega nos centros urbanos, sempre com foco para transporte de cargas em curtas e médias distâncias – rodoviárias e rurais. Mas também pode encarar trajetos interestaduais, se a carga for leve.
O 710 é equipado com motor MB OM 364 LA. Com quatro cilindros, desenvolve 115 cavalos a 2.400 rpm. Seu torque é de 47 mkgf a 1.400 rpm. O câmbio é de cinco marchas. Ele não é um motor eletrônico, mas está adaptado para atender as normas do Euro 3.
No início do ano que vem, poderá ser adaptado para atender a legislação do Euro 5, que tornará os motores mais eficientes tanto no consumo quanto na emissão de poluentes. Se isso acontecer, o 710 dará mais um passo em sua longa carreira.
Trajetória de adaptações
Desde o lançamento em 1972, o 710 passou por adaptações. Aliás, o modelo nasceu com a nomenclatura de 608 – talvez o número que o público mais velho tenha maior simpatia. Na época do seu lançamento, trouxe como novidade o motor a diesel – enquanto a maioria dos veículos pesados eram equipados com propulsor a gasolina.
Como veículo que se consolidou pela durabilidade, há grande número das merecida (como também é chamado o caminhão) rodando por todo o País. É tarefa fácil identifica-lo nas ruas.
Em 1987, o modelo passou por atualizações e ganhou a nomenclatura de 709. Naquela época recebeu mudanças na cabine, que viria a ficar mais espaçosa em relação ao modelo pioneiro.
Em 2002, passou por nova reestilização e ganhou a atual definição de 710. Mas desde o primeiro modelo, o veículo se firmou junto ao consumidor, resultado da reputação de resistência, aliada à tradição da marca.
De acordo com a montadora, o 710 é um dos veículos mais econômicos em sua categoria, chegando a ser até 10% mais eficiente no consumo de diesel. Outro ponto inegável é o fácil acesso à cabine, que torna seu uso mais confortável em operações diárias de carga e descarga.Ele é daqueles fenômenos em que o tempo não faz mal.

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