quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tomorrow's premia 5 cases inovadores


Grey Canadá, The Ant Farm, R/GA, Volontaire e Google Creative Lab têm trabalhos escolhidos como os que apontam para o futuro da comunicação


A edição de inverno do Tomorrow Awards deste ano revelou os cinco cases vencedores na noite de segunda-feira, 26, em São Paulo. A premiação, incorporada recentemente ao Art Directors Club (ADC) de Nova York, tem como missão reconhecer cases inovadores (criativa e tecnologicamente) ao redor do mundo. Foram premiadas a Grey Canadá, a R/GA norte-americana, a The Ant Farm (Estados Unidos), a agência suíça Volontaire e o Google Creative Lab (conheça os cases abaixo). A Uniqlo foi nomeada “marca do futuro”.
Presidido pelo brasileiro Zé Macfarland, o Tomorrow Awards define o shortlist por um processo de julgamento público. Os cases selecionados são, então, avaliados por um grupo de sete diretores de criação globais – chamado de Monster Judges. O líder deste ano foi Robert Wong, CCO do Google Creative Lab. Fernanda Romano (Naked) foi a única brasileira participante do júri.
Nenhum dos nove cases brasileiros selecionados para o shortlist foi premiado. A AlmapBBDO era a agência brasileira com maior número de indicações (“Love to Bingo”, “Automatic Site”, “Original Click” e “Anúncio falso”). Concorriam, também, a Artplan (“The social home tour”), a F.biz (“Dia do rock”), a Leo Burnett Tailor Made (“Meu sangue é rubro-negro”), a Loducca (“TwitTV”) e a R/GA (“Tim Beta”). A Pereira & O’Dell, pertencente ao Grupo ABC e sediada em São Francisco, havia sido indicada pelo case “Lego Movie Maker”, para a marca de brinquedos. A lista completa de indicados pode ser consultada no site do Tomorrow Awards.
Os vencedores:
Objetivo era amplificar divulgação de crianças desaparecidas no Canadá sem investir alto em mídia
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Objetivo era amplificar divulgação de crianças desaparecidas no Canadá sem investir alto em mídia Crédito: Reprodução

“World’s most valuable social network”, da Grey Canadá para The Missing Children Society (MCSC)
A agência criou um mecanismo que usava a linha do tempo de um cidadão comum nas redes sociais para enviar alertas de crianças desaparecidas. Quanto mais pessoas aderiam à funcionalidade e “doavam” suas timelines, mais gente era atingida com os alertas – e as chances de encontrar os desaparecidos aumentavam. A intenção era ter uma forma mais barata do que inserções em TV, embora com escala semelhante, para ajudar a resolver casos de desaparecimento. Com a iniciativa, cerca de 70% de toda a população canadense é impactada com os alertas.

Intenção era comunicar o novo projeto e destacar suas inúmeras possibilidades
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Intenção era comunicar o novo projeto e destacar suas inúmeras possibilidades Crédito: Reprodução

“Project Glass: Hangout in air”, do Google e da The Ant Farm para Google
Para demonstrar o Google Glass, produto ainda em testes, para sua equipe, a empresa criou uma série de ativações. O ponto de partida era filmar, a partir dos óculos com câmeras embutidas, cenas radicais vistas pelos olhos de quem as executa, a fim de despertar o sentimento de que as possibilidades de desenvolvimento do produto não tinham fim. Mergulhos e saltos de paraquedas foram registrados dessa forma, e exibidos ao final da conferência de desenvolvedores. 

Usando redes sociais, agência e músico conseguiram reproduzir expectativa da era pré-internet
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Usando redes sociais, agência e músico conseguiram reproduzir expectativa da era pré-internet Crédito: Reprodução

“One copy song”, da R/GA para Adam Tensta
Adam Tensta é um músico de hip-hop sueco de grande projeção, vencedor de diversos Grammy. Como qualquer outro artista famoso, porém, viu o lançamento de singles perder relevância numa era em que tudo está disponível na internet tão logo fica pronto. Serviços como Spotify, YouTube e Grooveshark ajudam a disseminar conteúdo musical rapidamente, fragmentando a audiência. Na ação da R/GA, o músico promoveu o single “Pass it on” de forma oposta: um aplicativo no Facebook, o One Copy Song, permitia que apenas uma pessoa conseguisse ouvir a canção por vez. Assim, era preciso formar uma “fila virtual” para ouvir a música – mas os fãs conseguiam furá-la tuitando, assistindo a vídeos do artista ou ouvindo outras músicas dele no Spotify. Quando sua vez chegava, o espectador tinha uma hora para ouvir a música – mas só podia executá-la uma vez. Milhares de pessoas entraram na fila, a música foi acessada por pessoas de 40 países diferentes e a presença do artista no Facebook cresceu vinte vezes. 

Ação de PR despertou discussão sobre importância da transparência de nações nas redes sociais
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Ação de PR despertou discussão sobre importância da transparência de nações nas redes sociais Crédito: Reprodução

“Curators for Sweden”, da Volontaire para Swedish Institute e Visit Sweden
Toda semana, um novo cidadão sueco é o responsável por dar voz ao perfil da Suécia no Twitter, pela conta @Sweden. A ideia era transformá-la na conta mais democrática do site de microblogging, o que atraiu 65 mil novos seguidores de 120 países diferentes, dando início a milhares de conversas. O país se tornou trending topic mundial e despertou discussões a respeito de transparência em redes sociais – e como a tecnologia pode ser usada a favor da democracia, além de inspirar cidadãos de outros países a criar contas semelhantes: 70 nações, cidades ou organizações imitaram a abordagem sueca. A ação não tem data de término definida, e gerou desde o início US$ 400 milhões em mídia espontânea – valor 400 vezes superior ao investimento.

A floresta, além de exposição, era uma amostra da capilaridade do Google
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A floresta, além de exposição, era uma amostra da capilaridade do Google Crédito: Reprodução

“This exquisite forest”, do Google Creative Lab para This exquisite forest
A partir de uma proposta de cocriação concebida por Chris Milk e Aaron Klobin (e executada pelo museu inglês Tate Modern e pelo Google), usuários podiam criar animações curtas e correlatas. O resultado foi um conjunto de narrativas transformadas numa exposição de seis meses na Tate que permitia interação aos visitantes, usando tablets de ponta. O projeto é uma abordagem artística que explora diversos serviços do Google (armazenamento na nuvem, contas pessoais, engenharia de aplicativos e hospedagem).

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