segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pinacoteca presenta BESPHOTO 2012


A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição BESPHOTO 2012 com cerca de 50 imagens (cor e pb) dos fotógrafos Mauro Pinto (Maputo, Moçambique,1974), Duarte Amaral Netto (Lisboa, Portugal, 1976), Cia de Foto, 2003, e Rosângela Rennó (Belo Horizonte, Brasil, 1962), todas realizadas entre 2011 e 2012. A mostra fica em cartaz até o dia 5 de agosto, na Estação Pinacoteca

 
Os quatro artistas apresentados integram a 8ª edição do prêmio BESPHOTO cuja exposição aconteceu de março a maio de 2010 no Museu Coleção Berardo (Portugal). O grande vencedor desta edição foi Mauro Pinto com a série Dá Licença. As imagens foram realizadas entre Novembro de 2011 e Janeiro de 2012, no Bairro da Mafalala, em Maputo. 
 
“O que apresento neste projeto é uma certidão de nascimento narrativa, pessoal e coletiva. É uma árvore genealógica descrita nestes móveis, nesta luz, nestas bugigangas, pertencentes a estes negros, mestiços, emigrantes, imigrados, resistentes. Dá licença passa assim a ser uma interjeição positiva para iniciar um relato e afirmar uma existência”, afirma o fotográfo.  
 
Segundo o jurí, a escolha se deu pela forma de como a série revela a entrega do artista à realidade das pessoas que habitam os espaços retratados, ao mesmo tempo em que transmite uma perspetiva histórica e sociológica da realidade contemporânea moçambicana através deste bairro da capital.
 
A CIA de Foto, formada pelos fotógrafos brasileiros, Pio Figueiroa, Rafael Jacinto, João Kehl e Carol Lopes, apresenta a série Agora, 2012, com destaque para Carnaval (apresentada no âmbito do New York Photo Fest). É um trabalho introspectivo, que mergulha em experiências vividas, mas também em demandas ou provocações externas. As imagens revelaram um processo de trabalho seguro, técnico e, sobretudo, poético, afirma o grupo.
 
Rosângela Rennó exibe a série Lanterna mágica, 2012, constituída por 12 fotografias realizadas manualmente, acompanhadas por quatro projetores antigos, do século 19 e início do século 20, do tipo lanterna mágica. Durante o processamento manual, as fotografias são sobre-expostas a uma fonte de luz muito intensa e pontual, que gera um efeito de buraco negro, de intensidade e tamanho variável, consumindo a paisagem retratada.
 
O trabalho de Duarte Amaral foi selecionado pela qualidade conceitual da exposição The Polish Club Case, apresentada em Lisboa. As obras apresentadas na exposição descrevem uma viagem fictícia da personagem Z da Alemanha para Portugal durante o início da II Guerra Mundial. Este trabalho foi realizado utilizando imagens da época que o artista colecionou.

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