segunda-feira, 14 de novembro de 2011

China investe em tecnologia elétrica e ações da BYD sobem

A China avança nos esforços para incentivar o desenvolvimento de veículos elétricos no mercado mundial de automóveis, impulsionando ações da montadora chinesa BYD, que é apoiada pelo bilionário norte-americano Warren Buffett, para seu melhor ganho diário em três anos.

No entanto, há dúvidas sobre a aceitação de modelos elétricos como o BYD e6 no mercado chinês, mesmo com as iniciativas do governo para incentivar a compra de veículos verdes, especialmente nos grandes centros urbanos Pequim e Xangai. "Há uma grande lacuna entre a reação do mercado de ações ou expectativa e a demanda no mundo real", disse o presidente da consultoria Automotive Foresight (Shanghai) Co. Ltd., Yale Zhang.
"Você não vai ver um monte de carros elétricos na estrada a menos que eles sejam confiáveis, seguros, fáceis de usar e não muito caro", completa Zhang.
Órgãos reguladores em Pequim emitiram uma declaração conjunta na semana passada pedindo a suas 25 cidades-piloto para elaborar planos para impulsionar as vendas veículos elétricos. Eles devem incluir a instalação de pontos de recarga em cada bairro, entre outras medidas.
O analista da Daiwa Securities, Jeff Chung, acredita que a forte demanda por carros seria incentivada caso os potenciais compradores que não receberam uma licença para comprar um carro fossem liberados para adquirir modelos elétricos.
Vendas fracas
As ações da BYD na Bolsa de Hong Kong subiram mais de 26% nesta segunda-feira (14). Já uma pequena fabricante de carro verde e de autopeças Hybrid Kinetic Group Ltd, controlada pelo magnata exilado chinês Yang Rong, também viu salto de 29% das ações, apesar do ceticismo sobre a indústria de tecnologia, especialmente de baterias de carro.
Apesar do crescimento positivo, ainda assim, as ações da BYD estão em baixa BYD cerca de 50% em relação ao final de 2010, por causa da queda de vendas e de ganhos da empresa. As ações da Hybrid Kinetic, que planejava produzir peças de baixo custo com tecnologia limpa para automóveis na China, também perdeu cerca da metade do seu valor este ano.
BYD e6  (Foto: Tyrone Siu/Reuters)BYD e6 começou a rodar em ruas como frota de táxi (Foto: Tyrone Siu/Reuters)
"O potencial para BYD deve ser limitado", disse Chung Daiwa, acrescentando que o e-6 BYD seria responsável por cerca de 2% da capacidade de produção da empresa no próximo ano. “A política do governo favoreceria o desenvolvimento de carros elétricos, mas o real pick-up em vendas não começaria até o final de 2012 ou 2013”, acrescentou.
Pequim declarou que a indústria de veículos elétricos é uma prioridade, destinando US$ 1,5 bilhão por ano nos próximos 10 anos para transformar o país em um dos principais produtores de veículos não poluentes. A meta é que as 25 cidades, que incluem Pequim, Xangai, Shenzhen e Hangzhou, liderarem a migração para veículos verdes.
Porém, até agora, os clientes não se deixam impressionar pelo alto custo e a limitada autonomia dos veículos, além da falta de infra-estrutura para a recarga das baterias.
Em Xangai, uma grande metrópole com mais de 20 milhões de pessoas, há apenas 10 carros elétricos registrados, enquanto o número em Hangzhou é ligeiramente superior a 25, de acordo com a China Business News.

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