quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A ascensão dos populares

O Chevrolet Cobalt dá mais espaço e refinamento à classe C, o estrato social que mais cresce no país


Espaço interno maior do que os finados Astra e Vectra sedã, mesmo custando bem menos que este último (começa em R$ 39.980). Maior porta-malas da categoria (53 litros a mais que o Logan, o maior até então). Jeito robusto (e sério, tenho que dizer). Painel digital, volante do Cruze, muitos cromados e motor ... Bom, sobre este tópico falamos depois. A Chevrolet resolveu sofisticar o jeito de fazer sedãs populares com o Cobalt. Está de olho na crescente classe C, que cansou de ser vista como emergente e agora busca produtos que tragam status, mas sem alejar o bolso por isso. 

Enganasse quem pensa que se trata do Agile sedã. Apesar da frente parecida, o desenho externo e interno são novos e foram feitos pela marca no país. O diretor de design da GM na América do Sul, Carlos Barba, conta que foram testadas variações de estilo para o Cobalt. Os esboços foram dos mais agressivos (lembrava o mafioso 300C, da Chrysler) até os mais tradicionais. Em todas as pesquisas, o público-alvo (leia-se, donos de Voyage, Fiesta sedã, Logan e Siena) escolheram o clássico. Por isso, o Cobalt, que chega em meados deste mês, é um carro racional. Não entenda como quadrado. 

A marca sabe que o consumidor da camada mais popular é chegado em celulares modernos e redes sociais. Por isso, o interior do Cobalt é high-tech. O painel de instrumentos é formado por um contador de RPMs analógico e um grande display digital, que traz, além do velocímetro, um computador de bordo (na versão topo, LTZ), hodômetro e marcador de combustível. No console central, um vistoso CD Player (no LTZ) tem entradas para iPod e bluetooth.

Força/ A Chevrolet (espertamente) só disponibilizou para testes em seu campo de provas em Indaiatuba, no interior de São Paulo, a versão mais completa (LTZ), que traz roda de liga leve e diversos cromados. Com isso, a primeira impressão é de um carro requintado, que cuida bem do visual. 

O interior da cabine chama a atenção pelo bom tamanho, com seus 18 porta-objetos bem distribuídos, mas também pelo excesso de plásticos em cores claras. Algumas peças não tinham encaixe fino. Já a posição de dirigir é facilmente encontrada e o porta-malas, com seus 563 litros para bagagem, mesmo sem contar com as úteis molas pantográficas, é mais do que suficiente para uma família.

Todos os Cobalt deste ano sairão de fábrica equipados com o motor 1.4 Econo.Flex do Agile. Com este propulsor, o desempenho do sedã de 1.072 quilos é apenas razoável. As saídas são boas, mas o preço é pago até nas menores subidas. Pelo menos, o isolamento acústico é bom. Já a suspensão trabalha bem as imperfeições do piso.

Quem não tiver pressa (e uma poupança maior) deve esperar até 2012. No primeiro trimestre do próximo ano, a Chevrolet vai lançar o LTZ com motor 1.8 e opção de caixa automática de seis velocidades emprestada do Cruze. Até lá, a meta é vender 3.500 unidades por mês com o motor 1.4. Em breve, vamos descobrir se o Cobalt será um popular sedã entre a mais popular das classes.

PREÇO:  R$ 39.980 (LS básico)
ORIGEM:  Brasil
MOTOR:Transversal, dianteiro, quatro cilindros em linha, 1.389cm³, flex. Potência de 97cv (gasolina) e 102cv (gasolina) ambos a 6.200rpm. Torque de 12,8kgfm (gasolina) e 13,8kgfm (álcool) ambos a 4.000rpm
TRANSMISSÃO: Câmbio manual de 5 velocidades. Tração dianteira
DIMENSÕES  4,47m de comprimento, 1,73m de largura, 1,51m de altura e 2,62m  de entre-eixos
FREIOS: Discos na dianteira e tambor na traseira
PNEUS:  195/65 R 15
DESEMPENHO:  De 0 a 100 km/h em 11,9s (gasolina) e 11,5 (álcool)
e máxima de 170km/h
TANQUE:  54 litros
PORTA-MALAS:  563 litros

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