quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TV lidera audiência de mídia infantil com 74%

Nos EUA, metade das crianças com menos de oito anos tem acesso a mídias móveis

Cerca de 13% da população dos Estados Unidos nasceu antes da existência das redes de TV. Outros 13% nasceram depois da criação do BlackBerry e 5% nasceram depois do surgimento do iPhone, em 2007. A maior parte dessas pessoas se adapta ou se adaptou a essas tecnologias quando descobre ou descobriu que precisam disso.

Mas, e quando essas pessoas estão cercadas por essas tecnologias desde o nascimento? Os 13% do público da era pré-TV, provavelmente, tinham rádios em casa e isso é tudo. As crianças atuais têm uma combinação de celulares, computadores, TVs, DVDs, CDs, Blu-rays, games, rádios HD, tablets e outros dispositivos. Em estudo sobre os hábitos de consumo de mídia pelo público norte-americano, a Common Sense Media demonstra que, entre o tempo diário dedicado pelas crianças às respectivas mídias, à TV é dedicada 1 hora e 52 minutos, seguida pelas tarefas escolares, com 1:20 hora e pelos videogames (1:15 hora) e música (1:12 hora). À leitura, são dedicados apenas 47 minutos diários do tempo gasto pelas crianças com mídias.

Atualmente, todos os consumidores, inclusive as crianças, usam mais mídias ao longo do dia. Os dados da nova pesquisa da Common Sense Media, por isso, são notáveis e, em certa medida, deprimentes.

Metade das crianças com menos de oito anos (e 40% do público infantil na faixa de dois a quatro anos) tem acesso a um smarphone, iPad ou qualquer outro dispositivo de mídia móvel. Cerca de 10% usam esses dispositivos, diariamente, em média, por 43 minutos. Com todas as novas tecnologias, no entanto, a TV ainda é a rainha do entretenimento: 74% da audiência infantil (crianças menores de oito anos) estão dedicados à TV.

E,num outro dado preocupante, as crianças com menos de dois anos gastam mais do que o dobro do tempo para assistir vídeos do que dedicam à leitura. Quase quatro em cada dez crianças cresce em uma casa onde a TV está ligada a maior parte do tempo, ainda que não tenha ninguém assistindo. No momento em que atingem oito anos de idade, as crianças estão mais propensas a ter uma TV em seus próprios quartos.

Como todas essas tecnologias se tornam cada vez mais dominantes e necessários, o fato é que as famílias com rendas anuais superiores a US$ 75 mil (40% da população norte-americana) estão ainda mais propensas a adquirir esses dispositivos. Para a economia e a indústria, é uma excelente notícia. Para as crianças, nem tanto.

Por Matt Carmichael, do Advertising Age.

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