quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mercado editorial cresce 8,12%

Em faturamento, setor subiu apenas 2,63%, mas ganho de escala barateou produtos em 4,42% 

O mercado editorial brasileiro cresceu 8,12% em 2010, totalizando R$ 4,5 bilhões. Os dados foram finalmente divulgados na terça-feira, 16 de agosto, pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), que encomendaram a pesquisa de mercado à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP.

A demora em tabular as informações do setor seria por culpa dos próprios editores. De toda forma, o valor atingido em 2010 representou crescimento de 13,12% em exemplares vendidos. Segundo o comunicado do estudo, o aumento de escala contribuiu com a manutenção de queda no preço dos livros, que vem sendo registrada desde 2004, e o recuo de 2009 para 2010 foi de 4,42%. “É gratificante observar que o preço do livro no Brasil vem mantendo uma tendência de queda. Isso estimula o crescimento do número de leitores e desenha um futuro com mais educação, cultura e efetivo desenvolvimento", disse Karine Pansa, presidente da CBL.

Em faturamento, os números não foram tão animadores, o crescimento foi de apenas 2,63% sobre 2009 (considerando variação de 5,35% do IPCA Livro em 2010). Considerando-se compras de governo e entidades sociais, o crescimento foi de 2,99%, abaixo da variação do IPCA.

Ano passado foram vendidos 437.945.286 livros contra os 387.149.234 que saíram das livrarias em 2009. A publicação de 54.754 títulos em 2010 representou aumento de 24,97% em relação ao ano anterior. Deste número, 18.712 títulos eram novos.

Canais de vendas

Quando analisou os meios por onde acontecem as vendas de livros, o estudo da Fipe mostrou que a maioria continua em livrarias, que concentram 63,7% do mercado. O destaque foi o crescimento da venda porta-a-porta ou por catálogos, que subiu de 16,65% para 21,66%.

Correção de rota
 
O SNEL e a CBL afirmaram que a metodologia deste ano incluiu a realização de um Censo do Livro, “isso porque, em todo processo de inferência estatística, é recomendado que, de tempos em tempos, seja atualizado o universo da própria pesquisa”. O Censo foi feito entre novembro de 2010 e abril de 2011, revisando o ano de 2009. Com isso, o estudo afirma que o mercado editorial em 2009 era maior do que foi divulgado em 2010, correspondendo a R$ 4,2 bilhões e não aos R$ 3,3 bilhões publicados na última edição da análise.
 
Por fim, o Censo aferiu que das 498 editoras em atividade, 231 têm faturamento de até R$ 1 milhão.
 

 

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