No caminho da Augusta

Famosa por seus bares e restaurantes, a região do entorno da rua vive expansão imobiliária

SÃO PAULO - Quem pretende comprar imóvel ou morar em uma região movimentada e badalada da cidade deve saber que área nas imediações da Rua Augusta é uma boa opção. Nos últimos anos, a famosa rua de bares e outras vias próximas - como Caio Prado e Frei Caneca - têm atraído atenção do mercado imobiliário.

Região tem poucos terrenos disponíveis, daí o número de lançamentos não ser tão expressivo

De acordo com levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a região da Rua Augusta, que engloba os bairros de Bela Vista e Consolação, teve 15 lançamentos residenciais entre janeiro de 2006 e maio de 2011, totalizando cerca de 2.500 apartamentos.

A região tem poucos terrenos disponíveis, daí o número de lançamentos não ser tão expressivo: foram três em 2006, quatro em 2007, dois em 2008, dois em 2009 e três em 2010.Nos primeiros meses de 2011 nenhum foi registrado. Embora o número de lançamentos seja baixo, a valorização é crescente por causa da localização.

"Nos últimos cinco anos, o setor imobiliário começou a descobrir que a localidade é muito bem equipada em termos urbanísticos e começa a explorar esse filão na cidade. A valorização na Augusta, e na região como um todo, só cresce desde 2006 e na esteira dessa expansão, surgem restaurantes, bares e outras atrações", diz Nick Dagan, diretor de Incorporação da Esser.

"Com a chegada dos empreendimentos, aos poucos construtoras e incorporadoras vão perdendo o preconceito contra a região e entendem que podem atrair um público jovem, intelectualizado e moderno para morar e, ainda, há investidores que compram imóveis para alugar", acrescenta Dagan. A Esser lançará o Capital Augusta em agosto. "O empreendimento terá muitos itens de lazer como academia e bar lounge", acrescenta.

Segundo Samantha Furlan, coordenadora de Pesquisa e Análise de Mercado da Embraesp, não é possível medir a valorização do preço do metro quadrado porque em anos anteriores praticamente não houve lançamentos do tipo na região. "A mostra é insuficiente para fazer uma comparação, mas se considerarmos os lançamentos de 2010, chega-se ao preço médio de R$ 7.200 o metro quadrado", diz ela. Esse preço é parecido com o de áreas tradicionalmente valorizadas no mercado imobiliário, como Moema.

Já o aluguel de um apartamento de um dormitório na região custa de R$ 17 a R$ 20,66 o m², conforme a Pesquisa Mensal de Locação Residencial do Secovi-SP de maio, a mais recente. Assim, o aluguel mensal de um apartamento de 70 m², custaria entre R$ 1.190 a R$ 1.446.