quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mercado imobiliário da Baixada Santista passa por elitização

 
Os investimentos destinados à exploração de petróleo no pré-sal e a injeção de R$ 6 bilhões na expansão do porto de Santos aqueceram o mercado imobiliário da Baixada Santista e levaram o setor a um processo de elitização. 


 
É o que informa uma pesquisa encomendada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação). O levantamento aponta que os imóveis que custam mais de R$ 500 mil lideram os lançamentos na região, representando 28% dos novos empreendimentos. 

Em seguida, vêm os apartamentos que custam entre R$ 200 e R$ 300 mil, com 3.169 novas unidades (17%) no mercado. 

A pesquisa analisou 20.542 apartamentos e casas construídas nos municípios de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande entre fevereiro de 2007 e abril de 2011. 

"Durante anos o mercado imobiliário ficou restrito aos moradores da região. Com os investimentos recentes, a proximidade com São Paulo e qualidade de vida, o lugar ficou atraente para pessoas de outras regiões, elevando o padrão dos imóveis", diz Bruno Ferreira, diretor comercial da C.Ferreira Imóveis. 

Segundo ele, as vendas aquecidas demonstram que há uma demanda consistente e não há uma bolha se formando no mercado imobiliário. 

Das 5.258 unidades acima de R$ 500 mil, 69% já estão vendidas. 

Ao considerar o número de dormitórios, o estudo da Secovi aponta que os imóveis de quatro quartos tiveram o melhor desempenho de vendas no período. Apenas o município de Santos detém 87% dessas unidades lançadas na região. 

O aquecimento no mercado de luxo fez com que parte dos moradores deixassem Santos em busca de imóveis mais baratos nos municípios vizinhos, estimulando o mercado de toda a Baixada, conforme agentes do setor. 

O preço médio do metro quadrado na região varia de R$ 3.254 mil, para unidades de um dormitório, até R$ 5.552, para os imóveis de quatro dormitórios. 

A expectativa das imobiliárias é que o mercado continue crescendo nos próximos sete anos. "Santos ainda é barato em relação a São Paulo. Depois [de sete anos] o mercado deve se acomodar", prevê o diretor da C.Ferreira Imóveis. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário