sexta-feira, 3 de agosto de 2012

TV por assinatura será foco de publicidade


Crescimento da base de assinantes, imersão na classe C e segmentação atraem agências e anunciantes no segundo semestre de 2012

De acordo com a pesquisa realizada pela Singular Arquitetura de Mídia, apresentada pelo sócio-diretor Geraldo Leite durante painel na Feira da Associação Brasileira de TV por Assinatura, agências e anunciantes pretendem aumentar os investimentos feitos nos canais de TV a cabo. A PMV entrevistou 90 profissionais entre as maiores agências de publicidade do País e os maiores anunciantes. O resultado aponta que 97% deles pretendem estar presentes nos canais de TV por assinatura; assim como 93% na TV aberta. A pesquisa revela ainda que 32% dos entrevistados pretendem aumentar entre 15% e 20% seu investimento, e que 59% tem a intenção de fazer ações de branded content na TV fechada.

Ana Paula Cortat, VP de planejamento da agência Africa, falou sobre a imersão de um novo público telespectador e consumidor na base de assinantes da TV paga. Segundo ela, esse crescimento se dá graças ao relacionamento de paixão que o brasileiro tem com a televisão. “São 48 milhões de brasileiros vendo TV, nos últimos três meses os trending topics brasileiros foram sobre programas de televisão”, conta. Os newtvcomers, como ela denominou, é a nova geração de telespectadores que chegam com novo repertório e outras referências. “A TV e o conteúdo devem estabelecer novos vínculos com essas pessoas”, explica. 

Paulo Camossa, diretor geral de mídia da AlmapBBDO, apostou na segmentação para falar do interesse dos anunciantes na TV paga. “Ainda há empresas que não querem anunciar pelo fato da audiência não ser tão relevante. Temos que entender que na TV paga a audiência não é parâmetro para medição. É um meio qualificado e a segmentação é o grande diferencial”, defende. Segundo ele, a TV paga pede conteúdo relevante e proprietário, com abordagem e linguagem diferentes, assim como novas experiências. 

Ana Paula ainda falou sobre aprendizado por parte dos anunciantes e das agências. “Tenho certeza que ainda vamos errar, trazendo experiências antigas. As agências precisam aprender a trabalhar com questões de afinidades com os canais”, finaliza. Para Fred Muller, diretor comercial da Globosat, o grande ponto da TV a cabo é a criação de marcas (quanto canais) fortes para que tanto o anunciante como o telespectador criem esse tal vínculo e queiram ficar próximo deles.

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