sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tata Motors promete lançar carro movido a ar ainda este ano



A Tata Motors, líder no mercado automobilístico indiano, promete lançar ainda este ano um modelo de carro que deve repercutir ainda mais que o Nano, que pôs à venda em 2009 com a alcunha de “O Carro do Povo”.

Trata-se do Mini CAT, construído com um chassi tubular e carroceria em fibra de vidro, ao qual se agrega um revolucionário motor que dispensa gasolina, diesel, gás ou eletricidade. Funciona apenas com a ajuda do mais disponível dos propelentes: o ar.
A nova aposta do ousado fabricante asiático, que em 2008 adquiriu nada menos que duas marcas tradicionais, como Jaguar e a Land Rover, utiliza tecnologia desenvolvida pelo inventor e ex-engenheiro de Fórmula 1 francês Guy Nègre e a empresa MDI, de Luxemburgo, que utiliza ar comprimido para empurrar os pistões do motor do carrinho. Todas as funções elétricas do automóvel são controladas por um microprocessador, enquanto um pequeno transmissor de rádio envia instruções a todos os outros (poucos) dispositivos.
Com temperatura rondando os 15 graus abaixo de zero, o pequeno propulsor expele o ar limpo pelo tubo de escape que é reutilizado pelo sistema interno de ar condicionado, evitando o consumo de gases ou a perda de energia.
Segundo os engenheiros responsáveis pelo projeto, circular com um Mini Cat custa menos de 50 rúpias (a moeda indiana) por 100 quilômetros rodados, ou seja, cerca de um décimo do custo de um carro movido a gás natural aproximadamente 1 dólar para cada 100 quilômetros). O carro atinge velocidade máxima de 105 quilômetros por hora e é capaz de rodar aproximadamente 300 km a cada reabastecimento.
Para recarregá-lo, basta ir a um dos postos de combustível que estejam munidos de compressores de ar especiais. O processo todo dura entre dois e três minutos, a um custo de cerca de 100 rúpias (3,60 reais). É possível também reabastecer em casa ou dispor de compressor elétrico a bordo. Neste caso, a carga demora de 3 a 4 horas para ser completa.
Por não efetuar combustão, o motor do Mini CAT consome, por meio de suas peças móveis, 1 litro de óleo vegetal a cada 50.000 km. Devido à sua estrutura simples, requer pouca manutenção.
A aposta ousada da Tata, que desafia muitos críticos sérios e céticos, pretende colocar nas ruas uma verdadeira revolução — um automóvel extraordinariamente econômico, ”limpo” e, para os padrões internacionais, baratíssimo: seu preço na Índia será perto de 360 mil rúpias (pouco mais de 13 mil reais no Brasil). 

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