sexta-feira, 4 de maio de 2012

Confiança global do consumidor aumenta 68% no primeiro trimestre

Nielsen aponta que índice cresceu em 38 dos 56 países consultados


A confiança global do consumidor cresceu 68% no primeiro trimestre de 2012, em comparação com o último trimestre do ano passado. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, O índice aumentou em 38 dos 56 países que participaram do levantamento, tendo se mantido estável em dois. “Famílias ao redor do mundo experimentaram uma situação positiva em termos pessoais e profissionais no último trimestre, especialmente nos Estados Unidos e na Ásia, o que refletiu no aumento da confiança e dos gastos gerais”, destacou o doutor Venkatesh Bala, economista-chefe do The Cambridge Group, que integra a Nielsen.

O profissional ressaltou, porém, que ainda há certa desconfiança em relação à crise econômica, especialmente no continente europeu, o que pode frear o aumento desse índice para os próximos meses. “Embora as condições econômicas globais estejam mais estáveis que nas profundezas da crise europeia no ano passado, elas ainda são frágeis em muitas partes do mundo, o que poderá afetar a confiança do consumidor e o impulso nos gastos para o próximo trimestre”, complementa Bala.
 
A pesquisa da Nielsen aponta que 57% dos cerca de 28 mil entrevistados ao redor do mundo confirmaram que estavam atuando em recessão. Regionalmente, esse índice caiu de 53% para 44% na Ásia-Pacífico; de 86% para 80% na América do Norte; e de 74% para 72% na Europa, mantendo-se estável na América Latina (48%) e na África/Oriente Médio (75%). Também foi indicado que 50% desses consumidores pretendem aplicar dinheiro em poupanças ou fundos; 34% devem comprar roupas novas; e 33% vão gastar com viagens ou férias. A previsão de gasto com produtos tecnológicos também aumentou: de 22% no último trimestre de 2011 para 28% no primeiro deste ano.

“A pesquisa sugere que os consumidores estão expressando uma demanda ainda reprimida para gastar, como fizeram antes da recessão. Mas o desejo de libertação aparece no estudo de várias formas, com o consumo atuando como um apaziguador do estresse após três anos de incertezas e apertar de cintos”, complementou Bala.

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