terça-feira, 24 de abril de 2012

Novo compacto da Ford será feito em SP

Com isso, o New Fiesta brasileiro será montado na fábrica da marca em Camaçari (BA)


 

Foto 

Carsale - Com a chegada do novo EcoSport, o primeiro modelo global da Ford desenvolvido totalmente em Camaçari (BA), as notícias sobre novos produtos criados no centro de pesquisas baianos começam a surgir. A bola da vez é um veículo compacto que também traria na bagagem a tarefa de ampliar os negócios da montadora norte-americana nos mercados emergentes, como China, Índia e o próprio Brasil (com linhas semelhantes às do conceito Start da foto acima, apresentado durante o Salão Internacional do Automóvel de 2010).

A grande questão que envolve esse novo modelo global é onde ele será produzido. Poderia ser tanto no Complexo Indústria de Camaçari (BA), quanto na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). E acabando com todas as dúvidas, de acordo com uma fonte confiável ligada à Ford, o novo carrinho será montado na região do grande ABC paulista.

“Nesses casos, temos que analisar diversas questões.  A escolha foi feita por causa da logística, os custos de manufatura e a região onde está o principal centro consumidor deste produto”, afirmou a fonte. Ainda segundo a reportagem apurou, o novo projeto deve levar de 3 a 4 anos para ficar pronto, confirmando as especulações da imprensa especializada, que ele poderá ser lançado em 2014.



E o New Fiesta brasileiro?

Com a decisão de produzir o compacto global na unidade de São Bernardo do Campo (SP), o New Fiesta brasileiro (versões hatch e sedã), modelo que atualmente é importado do México, será produzido na unidade de Camaçari (BA), a partir de 2013. Segundo a fonte consultada, isso também evidencia uma solução para resolver as questões de custo para enquadrar a cadeia de produção aos novos produtos.

“Hoje produzimos um modelo com duas carrocerias em Camaçari (BA) [o Fiesta Rocam, hatch e sedã]. É mais fácil você manter esse padrão na linha de produção, do que alterar totalmente para a montagem de apenas um modelo [se referindo ao novo compacto global]. Além disso, volto a repetir. A questão de distribuir a produção para atender os diferentes centros consumidores também influi muito nesse tipo de decisão”, completou.

Uma segunda fonte ligada à Ford, acrescentou que outra questão que pesou na decisão foi o compartilhamento de plataforma entre o New Fiesta e o novo EcoSport. “Com mais esse argumento, ficou muito mais viável distribuir os novos produtos deste modo em nossas duas linhas de produção brasileiras”, disse a fonte, que preferiu não se identificar.



Onda dos carros globais

Toda essa discussão ganha mais importância em um momento definido como era global. Na década passada, o grande chamariz foi a regionalização de produtos, com o desenvolvimento de veículos exclusivos que atendessem a demanda de dois ou três país próximos do seu local de produção. Porém, com a nova distribuição econômica mundial e o aumento da importância dos países emergentes, essa proposta teve que ser alterada.

Tanto é que, além da Ford com o novo EcoSport e com o novo compacto global (a montadora promete que esses dois são apenas o inicio do desenvolvimento de uma série de carros globais para o mercado emergente, todos desenvolvidos no Centro de Pesquisas de Camaçari), outras montadoras trabalham em projetos que devem atender diversos mercados espalhados pelo globo.

Para citar algumas. A Volkswagem trabalha para produzir o pequeno global Up! por aqui e a General Motors já produz o sedã Cruze, que também é global. A francesa PSA Peugeot Citroën também está desenvolvendo um compacto mundial (leia mais aqui) e a Fiat promete um novo modelo, que segue essa linha e que será montado nos próximos anos na fábrica que está sendo construída na cidade de Goiania (PE).  

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