quarta-feira, 14 de março de 2012

Exposição sobre propagandas de cigarro volta a SP

Após ser vista por mais de 130 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a exposição “Propagandas de Cigarro – Como a Indústria do Fumo enganou as pessoas” volta a ser exibida em São Paulo. Desta vez a mostra estará na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Aberta ao público, entre os dias 12 de março e 8 de abril, a exposição traz 90 peças de campanhas publicitárias veiculadas nos Estados Unidos entre as décadas de 20 e 50. 

 
Trazida com exclusividade para o Brasil pela agência de publicidade nova/sb, a mostra foi concebida pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, professores da Universidade de Stanford, nos EUA. A mostra já foi exibida em vários estados americanos e faz parte do imenso acervo do Smithsonian Institution – complexo de museus americanos. A exposição traz peças que parecem ser uma brincadeira de tão absurdas. “Garganta Sensível? Fume Kool”, “Médicos fumam Camel mais do que qualquer outro cigarro” e “20.679 médicos dizem que Lucky Strike não irrita a garganta” são alguns dos exemplos estampados nas peças publicitárias da época. 
 
Há também peças que trazem artistas fazendo propaganda para marcas de cigarro, como Frank Sinatra, John Wayne, Lucille Ball e Marlene Dietrich. Entre as mais excêntricas, Papai Noel distribui pacotes de cigarro e um bebê dá um conselho para a mãe reforçando a marca de cigarros. “O público fica surpreso e chega a rir com o uso absurdo de imagens de bebês, Papai Noel e médicos. Entretanto, as pessoas acabam indignadas com as mentiras desses anúncios, que afirmavam que cigarro é bom para a garganta e para asma, por exemplo”, comenta o sócio-diretor da nova/sb, Bob Vieira da Costa.
 
A mostra “Propagandas de Cigarro – Como a Indústria do Fumo enganou as pessoas” está no Brasil desde 2009, ano em que a nova/sb teve a iniciativa de trazê-la ao País. Desde então, já foi exibida em diversos espaços públicos e culturais em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Em São Paulo foi recebida na Livraria Cultura, no Catavento Cultural e Educacional, no Instituto do Câncer do Governo do Estado de São Paulo e no INCOR, no Rio de Janeiro esteve na Caixa Cultural e na Fundação Oswaldo Cruz. Já em Brasília, ficou em exibição no Congresso Nacional. 

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