sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sucesso de brasileiros na criação de games põe mercado em evidência

O sonho de muitos jovens de desenvolver jogos de videogame no Brasil pode estar um pouco mais fácil de ser realizado. Jovens desenvolvedores produziram trabalhos que conseguiram colocar o país em evidência na área, permitindo um aquecimento no mercado nacional de criação de jogos e a possibilidade de crescimento nos próximos anos.

O destaque do Brasil na criação de jogos se prova com resultados recentes: o país é campeão na categoria na competição Imagine Cup 2011, uma espécie de olimpíada de desenvolvimento promovida pela Microsoft. Nos últimos anos, brasileiros desenvolveram inúmeros títulos para PC, redes sociais, advergames (jogos para a publicidade) e games para celulares e tablets, como o iPhone e iPad. Além disso, alguns desenvolvedores já olham o filão principal do mercado, que é produzir jogos para consoles como o PlayStation 3 e o Xbox 360.
Segundo dados da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) com informações do consultor da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) Bernardo Manfredini, o Brasil possui cerca 50 empresas que desenvolvem games cadastradas. E se o destaque que o país tem no cenário de criação de jogos servir como perspectiva de crescimento, o futuro para quem deseja trabalhar nesta área é promissor.
Novos desenvolvedores
Após ter vencido a etapa brasileira da Imagine Cup (uma espécie de olimpíada de desenvolvimento tecnológico promovida pela Microsoft) na categoria "Game Design: Windows / Xbox", a equipe Signum Games, da Universidade Positivo, de Curitiba, foi a campeã mundial do evento  realizado em Nova York, nos Estados Unidos, com o game "Ucan". Esta foi a terceira vez que o Brasil é reconhecido na categoria de games na história da competição. Em 2011, o evento contou com a participação de 358 mil jovens de 183 países.
"Fomos em uma palestra sobre Imagine Cup, estudamos as metas do milênio e quais os games tinham sido vencedores no passado da competição além dos critérios os juízes tinham avaliado", conta Thiago Ribeiro, um dos integrantes da equipe campeã, que ainda tem Rafael Sales, Rafael Kamineko, Fernanda da Costa e Rafaela Costa como integrantes. "O importante é fazer um game com uma mensagem clara, dentro dos objetivos da Imagine Cup, mas que seja educativo e divertido ao mesmo tempo, fazendo com que as pessoas joguem".
Segundo ele, os rigorosos juízes da Imagine Cup avaliam o quanto o jogo está pronto, completo, sua dificuldade, se ele muda o mercado e o quanto ele está amarrado ao tema do evento. Desse modo, "Ucan" foi desenvolvido em um ano para ser um game de estratégia, em que os jogadores possam pensar. O personagem está em uma cidade e deve resolver problemas com boas ações e voluntariado, assim ele passa para a próxima fase", conta Ribeiro.Embora o game ainda tenha uma fase, feita para a Imagine Cup, ele afirma que o trabalho está pronto para ser comercializado. "O jogo está preparado para que o jogador comece resolvendo problemas em cidades pequenas e aprenda a jogar por meio de tutoriais, com personagens secundários que dão missões", explica. "Assim as pessoas aprendem como jogar e acabam, no final, resolvendo problemas de todo o mundo". Para comercializar o game, Ribeiro afirma que tenta parceria com a fabricante de computadores Positivo para colocar o título nas máquinas que serão vendidas. "Assim, alcançaremos muitas escolas e estudantes. Mas lá nos EUA, vimos diversas possibilidades de negócios".
A Imagine Cup, segundo Ribeiro, abriu portas. Além do prêmio de US$ 8 mil, já receberam convite para fazer parte de empresa de professores dentro da universidade e empresas  chamaram para poder publicar o título. "Além de nos prepararem para criar um projeto, ensinando como criar um negócio, recebemos conselhos de pessoas de grandes produtoras de games sobre o que melhorar em 'Ucan'", conta.

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