quarta-feira, 13 de abril de 2011

Luis Grottera, ex-TBWA\, traz Brandia Central para o Brasil


Consultoria de branding portuguesa lança nova metodologia; Expectativa é vender seis projetos para IPOs em 2011

Atuar com clientes como Linkedin e Facebook, que antecipam o valor intangível de suas marcas no mercado financeiro, antes mesmo de consolidar seus serviços e share no mercado, é o foco de Luis Grottera, ex-sócio da TBWA,  novo ceo no Brasil da portuguesa Brand Central.

A consultoria anunciou o início de suas operações no País com o objetivo de fechar, até o final de 2011, seis projetos para IPOs (da sigla em inglês Initial Public Offering) - empresas que pretendem abrir capital em bolsa de valores em três anos.


Depois de vender suas ações da TBWA\ para o Grupo Omnicom, Grottera vinha atuando com a Help que a partir de agora é o novo QG do grupo português, cuja matriz fica em Lisboa e fatura 20 milhões de euros anualmente. O conglomerado nasceu no final de 2005 com a fusão da Brandia Network e a Central de Comunicação. Somando as duas trajetórias, são 25 anos que coloca a consultoria em lugar de prestígio entre as Top 10 da Europa no segmento de branding e é ainda membro da International Network for Marketing and Advertising.
 
Com clientes coo Banif, Nestlé, Nokia, Kia Motors, Vadafone e a Nações Unidas, a Brandia Central ganhou recentemente, de quatro agências londrinas, o PIT da UEFA para a Copa Euro 2012.

Segundo seu vp internacional, Miguel Magalhães dos Santos, a escolha do Brasil não tem a ver com a crise financeira, que fragiliza a Europa até o momento, mas a estratégia de internacionalização da Brandia Central, focada em mercados emergentes como África, Oriente Médio e Turquia, tanto que atualmente a Luanda responde por 20% do faturamento da companhia lusitana, que tem 30% de sua receita proveniente de projetos no exterior, sendo que, do total anual, mais de 70% do lucro é gerado por propriedade intelectual.

O posicionamento como consultoria, e não agência, é estratégico, de acordo com os dois executivos. “Venho ao Brasil desde 2007 pesquisando parceiros e as variáveis do mercado e claramente falta cultura de branding. Queremos criar essa consicências nas empresas”, afirma Santos.

E aí está o calcanhar de Aquiles da publicidade, já que até hoje muitas agências estão atuando nessa área, colocando-se como multidisciplinares, conceito errado, na opinião de Grottera. “Sugerimos um modelo de gestão, em que a primeira área envolvida é a de Recursos Humanos, pois os colaboradores da companhia precisam entender e interiorizar os valores intangíveis da marca de uma IPO que a prestigiam no mercado financeiro, antes mesmo de sua oferta pública”.

Método
Para lidar com a miopia do mercado publicitário e de marketing brasileiro que centraliza recursos em inserções nas empresas da Rede Globo, e criar a cultura de branding nas empresas, a Brandia Central aposta numa metodologia própria para criar magnetismo das marcas: a Elevation System. “Produzimos resultados nas empresas nesse período de três anos, antes do lançamento das ações em oferta pública. A marca representa 80% do valor da companhia”, comenta Grottera.

O trabalho é dividido em cinco etapas: Auditing, Defining, Building, Systematising e Involving e cada um leva em conta a preocupação com os stakeholders; criar diferenciação; e dedicar-se a identificação e aproveitamento de todos os pontos de contato da marca.

Cases
Para uma fabricante de salsichas, a Brandia Central propôs, ao final do processo de avaliação, ao invés da troca do logotipo para rejuvenescer sua imagem, como ansiava o cliente, um modelo de negócio com rede de franquias que propiciasse a experiência de consumo de lembrança da infância dos portugueses.

O grupo Banif é outro exemplo de rebranding que ao atingir avaliação de mais de 78 milhões de euros conseguiu se classificar no Global 500 Brands Index entre as 400 marcas financeiras mais valiosas do mundo.

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